Novembro de 2025 é o mês mais chuvoso dos últimos 10 anos

Desde o dia 1º, os campo-grandenses têm que conviver com chuvas fortes e ventanias que já causaram diversos estragos na cidade. Conforme levantamento realizado pela reportagem, com base em números do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), este já é o novembro mais chuvoso dos últimos 10 anos, com mais de 170 milímetros acumulados em apenas 17 dias.

De acordo com dados divulgados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), até as 15h30min de ontem, já havia chovido 40,2 mm, precipitação que começou às 4h20min.

Na quinta-feira, a Capital teve mais de 100 mm de chuva, uma das maiores do ano e que resultou em estragos estruturais na cidade. Somando as precipitações, desde o dia 1º, novembro já catalogou 176,2 mm de chuva, mais do que qualquer outro novembro nos últimos 10 anos, superior à média histórica do mês, que é de 163,9 mm.

O número já é quase o dobro do acumulado durante os 30 dias de novembro de 2024 e se aproxima do maior acumulado para o período nos últimos anos, o que ocorreu em 2021. Naquele ano, foram 251,6 mm em 30 dias, índice que ainda pode ser alcançado, já que os dados atuais vão até a tarde do dia 17.

CHUVAS DE NOVEMBRO
Os primeiros dias de novembro já pareciam mostrar que viria muita água. Em sete dias, apesar de o acumulado ainda ser de 25 mm, foram registrados alguns estragos pela cidade, causados por vento de quase 100 quilômetros por hora.

Como de costume, quando Campo Grande é atingida por chuvas e ventos fortes, alguns semáforos da região central da cidade ficaram desligados, o que prejudicou o trânsito.

Do dia 9 ao dia 16, a semana foi mais intensa, com chuva acima dos 110 mm. Na Praça Itanhangá, carros foram arrastados pela enxurrada durante a chuva e parte de uma grade do local se desprendeu, ficando pendurada. Também houve registro de queda de árvore na Avenida Senador Antônio Mendes Canale.

Uma árvore de grande porte caiu sobre a fiação elétrica na Rua Goiás, no Bairro Vila Célia, provocando danos em três postes. A queda interrompeu o fornecimento de energia ao prédio de uma escola e também à parte das residências vizinhas.

Inclusive, com o alagamento nas Avenidas Rachid Neder e Ernesto Geisel, vários peixes “tomaram conta” das vias e foram flagrados por pedestres que passavam pela região. O Córrego Segredo transbordou e alagou a Avenida Ernesto Geisel.

O alagamento deixou uma mulher e sua filha, uma criança de colo, isoladas em um carro no meio da enxurrada. As duas tiveram que ser socorridas por um homem com um trator.

No local, uma árvore de grande porte caiu, arrastando fios de energia e rompendo um poste de luz, que acabou atingindo o totem da floricultura Jatobá Park. A rotatória da Avenida Euler de Azevedo também foi tomada pela água.

Mesmo com a persistência da chuva durante o dia de ontem, não houve novos relatos de estragos por Campo Grande.

OBRAS
Com a continuidade da chuva esta semana, o trabalho na rotatória da Avenida Rachid Neder, que seria realizado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) deve atrasar um pouco, pois o secretário Marcelo Miglioli, titular da Pasta, já havia afirmado ao Correio do Estado que contava com uma trégua para que o serviço na região tivesse êxito.

PREVISÃO
Para hoje, ainda há possibilidade de chuva em Campo Grande segundo o Cemtec-MS e o Inmet, principalmente durante a manhã e à tarde. A temperatura deve variar entre 19 °C e 25 °C na Capital.

Já para outras regiões do Estado, a previsão indica tempo firme, com sol e variação de nebulosidade. A atuação de um sistema de alta pressão atmosférica mantém o tempo mais seco sobre Mato Grosso do Sul. 

Para os próximos dias, porém, o tempo deve ficar firme na Capital, com aumento da temperatura, que deve chegar à máxima de 33 °C na quinta-feira, conforme o Cemtec-MS. A chuva não deve dar muita trégua, já que, para até 2 de dezembro, é esperado acumulado entre 40 mm e 130 mm.

*SAIBA
Levantamento feito pela reportagem, com base em dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), mostrou que este ano já superou o total de precipitação registrado em 2024 em Campo Grande: este ano foram 963 mm, contra 780,6 mm no ano passado.

Fonte:CE

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