Diogo Moreira chegou a exibir um atraso de 61 pontos em relação ao líder, mas virou o jogo e assegurou o título da Moto2 no GP da Comunidade Valenciana deste domingo (16)
Diogo Moreira não é apenas o primeiro brasileiro a assegurar um título no Mundial de Motovelocidade. Além do feito histórico para o esporte do Brasil, o #10 também alcançou a maior reação da história da classe intermediária em mais de 30 anos.
Moreira chegou para o GP da Comunidade Valenciana deste domingo (16) com 24 pontos de vantagem para Manuel González, e confirmou um título histórico para o esporte nacional ao completar a prova na 11ª colocação, enquanto o rival espanhol terminou apenas em 22º.
Mas, ao longo do ano, chegou a exibir 61 pontos de atraso em relação ao líder do campeonato no GP da França. Mais tarde, depois do GP da Tchéquia, o piloto da Italtrans voltou a se afastar da ponta, abrindo uma diferença de 60 pontos em relação ao ponteiro. Desde a adoção do atual sistema de pontuação, em 1993, nenhum piloto tinha conseguido sair de um atraso tão grande para garantir o título da temporada.
Antes de Diogo, a maior reação da Moto2 tinha sido alcançada por Augusto Fernández, que, em 2022, chegou a se afastar 59 pontos da liderança antes de garantir o título. Antes do espanhol, Marco Simoncelli tinha reagido a um atraso de 49 pontos para faturar o campeonato de 2008.
O ranking das maiores recuperações da história da classe intermediária tem, ainda, Pol Espargaró, que recuperou 47 pontos para vencer em 2013. Em 1999, ainda na era das 250cc, Valentino Rossi chegou a ter 40 pontos a menos do que o líder antes de virar o jogo e assegurar a taça.
Em 2019, Álex Márquez tirou 39 pontos de atraso para vencer a Moto2, com Johann Zarco descontando 31 em 2016. Jorge Lorenzo também aparece entre os dez pilotos que fizeram a maior escalada para chegar à taça, já que, em 2006, chegou a ficar a 29 pontos da liderança das 250cc.
Em 1998, Loris Capirossi se recuperou de um déficit de 28 pontos, com Ai Ogura revertendo um atraso de 26 em 2024.