Uma iniciativa, coordenada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (ICMBio/Cecav) e inserida no Plano de Ação Nacional para Conservação do Patrimônio Espeleológico Brasileiro (PAN Cavernas do Brasil), busca aprimorar o turismo e fortalecer a proteção das cavidades naturais subterrâneas, através de informações fornecidas pelos gestores desses locais. São quase 30 mil cavernas registradas por todo o país.
À frente desse projeto, a espeleóloga, Luciana Alt, conta que o turismo em cavernas tem grande relevância social e econômica, é capaz de gerar emprego e renda, muitas vezes, em comunidades com poucas oportunidades de desenvolvimento econômico. Além disso, ela explica que “as cavernas turísticas são as janelas mais enfeitadas e acessíveis, para um vasto e pouco conhecido ambiente subterrâneo, geram oportunidades de lazer, entretenimento e educação, para o público em geral. Assim como as espécies bandeira (aquelas usadas como símbolo para campanhas de conservação ambiental), como o mico leão dourado e ararinha azul contribuem para proteção de todo um ecossistema, as cavernas turísticas funcionam como cavernas bandeira, contribuindo para preservação do patrimônio espeleológico”.
Para colaborar com o Censo 2025, gestores deverão preencher um formulário, compartilhando informações como localização, tipo de gestão, atividades de uso público realizadas, existência ou não de Plano de Manejo Espeleológico, infraestrutura de apoio existente dentro e fora da caverna, número de visitantes por ano, além de dados que demostram a importância econômica e social dessas cavernas. A espeleóloga também atua em uma outra ação do PAN Cavernas do Brasil, que busca desenvolver práticas de conservação e recuperação ambiental em cavernas turísticas.
A atividade é realizada por meio de cursos voltados para condutores de visitantes, brigadistas, servidores públicos entre outros profissionais que atuam nesses ambientes naturais. O objetivo é sensibilizar o público-alvo quanto à importância e fragilidade das cavernas e do carste, praticando noções de conduta consciente e estimulando a prática do turismo sustentável em ambientes subterrâneos.
Fonte: Mercado&Eventos