A frente fria que desde sábado chegou a Mato Grosso do Sul voltou trazer chuva a praticamente todas as regiões de Mato Grosso do Sul. E uma das mais beneficiadas foi a pantaneira, que assim segue livre por mais algumas semanas das temidas queimadas, que nos últimos anos tomaram conta do noticiário mundial por conta de sua intensidade.
Na medição feita pelo Inmet na estação de Miranda foram registrados 30 milímetros no domingo e nesta segunda-feira. Na cidade de Aquidauana, o volume foi parecido, 25 milímetros. Mais ao sul, na fazenda São Luiz, no município de Porto Murtinho, os dados do Inmet apontam 19 milímetros.
Na cidade considerada “coração do Pantanal”, em Corumbá, o volume foi um pouco menor, de 12 milímetros. O mesmo foi registrado mais ao norte, no medidor instalado na fazenda Nhumirim.
Em Campo Grande, onde uma chuva fina caiu durante mais de quatro horas no domingo, foram registrados 9,4 milímetros na região oeste da cidade.
Esta chuva, nada comum para um mês de junho, mantém o cenário de umidade e vegetação verde depois das chuvas acima da média registradas em praticamente todo o Estado em abril e em maio. Nos dias 27 e 28 de maio, por exemplo, o volume variou entre 20 e 50 milímetros e também contemplou toda a região pantaneira.
Em junho do ano passado, segundo dados do Mapbiomas, o fogo consumiu mais de 411 mil hectares no Pantanal de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. A área atingida ficou acima, inclusive, da média histórica de setembro, quando o bioma queima uma média de 406 mil hectares e é historicamente o mês mais crítico.
E os institutos de meteorologia dão indícios de que o risco de queimadas segue distante. Para o próximo domingo, dia 14 de, existe possibilidade de uma nova onda de chuvas. Para Corumbá, o volume é inferior a 5 milímetros, mas a probabilidade é de 64%, conforme o Climatempo.
SAFRINHA
E, além de trazer alívio para o Pantanal, a chuva também trouxe certeza de uma boa safrinha de milho para as principais regiões produtoras do Estado. Em Iguatemi, na região sul, foram registrados 25 milímetros. Na área urbana de Dourados, 16.
Nas regiões produtoras mais ao norte, nos municípios de Chapadão do Sul e Costa Rica, o Inmet aponta que foram 20 e 16 milímetros, respectivamente nos dois municípios. E é justamente nestas regiões que as lavouras de milho estão num estágio mais atrasado e ainda precisavam de chuva.
Fonte:Correiodoestado