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Narcisismo nas repartições publicas o grito dos silenciados

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RESUMO

O presente artigo aborda um tema intrigante e pouco ou nada exposto na funcionalidade do sistema de serviço público: o narcisismo e seus traços que manifestados nas relações dos serviços públicos deixam seus rastros catastróficos. O narcisismo, caracterizado por um amor excessivo pela própria imagem e uma busca constante por reconhecimento, tem ganhado destaque devido aos seus possíveis vínculos com perfis, traços de personalidade e erupções de comportamentos desviantes. Esse artigo relata como os traços narcisistas se manifestam nas relações profissionais no ambiente de trabalho do setor público, colegas de trabalho ou rivais, ressaltando a importância de compreender a interseção entre esses traços individuais e os contextos sociais, morais e ambientais desses comportamentos.

Ao analisar com olhar técnico e vivenciar todo tipo de ação e reação no setor público, identificamos que traços narcisistas podem influenciar dinâmicas dentro de ambientes, estremecer o psicológico de centenas quando alcançam um nível elevado de poder, causam disfuncionalidades na rotina e influenciam de forma negativa uma porção de massa de pessoas. O que gera conflitos e abusos emocionais, estilhaça a autoestima e eleva em grande tamanho a frustração, trazem aos servidores do setor público um sentimento de luto todas as manhas quando seus despertadores soam. A competição pelo centro das atenções, desses perfis narcisistas que detém do poder exalam a falta de empatia, o mínimo respeito por profissionais qualificados, o declínio de um comportamento ético que seja em acordo com as leis de proteção a esse grupo de trabalhadores é desnivelado. Aumentando o nível em grande escala de personalidades que se prestam ao papel de bajuladores, que ganham dinheiro do contribuinte para delatar, denegrir os reais profissionais e ajudam a criar um ambiente tóxico, afetando o desenvolvimento na sua totalidade dos serviços públicos que devem ser entregues a população.

Assim se cria a Narrativa; “Servidor Público não trabalha”

Nos ambientes de trabalho, a presença de indivíduos com traços narcisistas pode levar a relações interpessoais prejudicadas e a práticas manipuladoras. A busca por reconhecimento excessivo e a falta de consideração pelos outros podem resultar em situações de assédio moral e sabotagem, comprometendo a produtividade e o bem-estar geral no local de trabalho.

Os traços narcisistas podem se traduzir em relacionamentos abusivos e obsessivos. A busca por parecer, ser e estar em evidencia com detenção de poder é uma mistura perigosa para os desequilibrados, quem detém do poder e não se auto avalia tende esmagar pessoas para que sirvam de gás para inflar o próprio ego, combinada com a incapacidade de proteção aos numerosos subordinados se torna uma verdadeira bomba emocional que deixa com toda certeza sequelas físicas e mentais, que seguem o individuo aonde quer que ele vá.

Apesar da relativa falta de pesquisa aprofundada sobre esse tema dentro das repartições públicas, a compreensão dos traços narcisistas e seus efeitos nas relações de convivência profissional onde se controla ações de relevante poder social é crucial para prevenir e abordar comportamentos prejudiciais, que afetam a todos de forma direta ou indireta. Os resultados deste estudo indicam a necessidade de uma abordagem multidisciplinar, envolvendo a psicologia psicanalítica, sociologia e criminologia, para entender melhor os mecanismos subjacentes e desenvolver estratégias de intervenção.

Em conclusão, este artigo lança luz sobre os traços narcisistas nas relações profissionais dentro do setor público. A investigação destas manifestações de narcisismo é fundamental para aprimorar a compreensão dos fatores que contribuem para comportamentos desviantes e, assim, promover relações profissionais saudáveis, e entrega social sóbria e eficaz.

Palavras-chave: Narcisismo; Relações; Comportamentos desviantes; Ambiente de trabalho; Analise psicanalítica., Relevância Social.

INTRODUÇÃO

A Psicanalise é uma ciência viva e multifacetada que busca entender as causas, consequências, resolver conflitos éticos, estéticos e morais do nosso Eu, assim sendo uma consequência para prevenção do controle do nosso comportamento perante qualquer situação individual ou coletiva. No âmbito dessa ciência, exploramos uma variedade de fatores e influências que moldam as ações humanas, desde aspectos psicológicos, ambientais, genéticos e sociais até econômicos e culturais. Nesse contexto, emerge um tema de crescente interesse e relevância: o narcisismo próprio do nosso Eu e sua relação com os outros e o impacto desses comportamentos desviantes.

O narcisismo, caracterizado pelo amor excessivo pela própria imagem, a busca constante por reconhecimento e uma tendência a priorizar os próprios interesses em detrimento dos outros, tem sido alvo de investigações interdisciplinares, dada sua possível conexão com comportamentos que desafiam as normas éticas e valores sociais. Esvaziando a tendencia do consciente de princípios básicos de respeito e juízo de valores. Sendo o pressuposto da Psicanalise é que o inconsciente determina nosso Ser, nossas escolhas e nossos meios de repetição, repercutindo tanto nossas características quanto em nossos comportamentos. A sociedade esta copiando uma personalidade abusiva e destrutiva, repetição de padrões prejudicais para o meio, trazendo grande inflamação psicológica dentro do ambiente de trabalho, principalmente em setores profissionais de escala vasta de hierarquia.  A compreensão dos traços narcisistas e suas manifestações nas relações profissionais, afetam o todos externamente familiares, e parceiros amorosos, retirando do indivíduo eu sofre o abuso a capacidade de se desenvolver, comprometendo ao escarnio mental os indivíduos expostos.

Embora o narcisismo seja amplamente abordado em campos como psicologia e sociologia, sua exploração dentro do contexto Psicanalítico ainda é relativamente limitada. No entanto, as implicações potenciais do narcisismo a quem detém do poder e controle sobre os outros é terrível, mas ao expor tamanho infortúnio de um grupo de milhares silenciados, se mancha a imagem do intocável que é paradigma para a compreensão dos demais. Nota-se que esses comportamentos nocivos crescem em assustador número e parecem ser “cocriações” que estão a advir de efeitos colaterais de um movimento em conjunto que vai se individualizando conforme o espaço dado.

Este artigo tem como objetivo expor a analise desses comportamentos, e trazer luz a quem passa por isso, levando em consideração que a psicanalise é uma ferramenta de melhora individual, mas também tem obrigação de explorar espaços que venham a contribuir com a humanidade. O método psicanalítico implica em “escutar” algo, seja fenômeno social que é determinado por elementos discursivos, comportamentos que precisam ser pesquisados, que não se mostram em sua superfície consciente; seja um objeto da cultura, que implica em várias linhas de associação que se estendem para além de sua face superficial; seja um sofrimento, sintoma que se repete em suas formas de determinação para além do que pode ser compreendido pela consciência,  nos permitirá explorar como o narcisismo pode influenciar dinâmicas, desencadear conflitos e, em casos extremos, culminar em comportamentos que desafiam a lei e a ordem.

Ao mergulhar nesse estudo, buscaremos preencher uma lacuna de conhecimento na psicanalise contemporânea, oferecendo uma visão mais abrangente e aprofundada das possíveis ligações entre narcisismo e comportamentos desviantes. Considerando o equilíbrio filosófico, moral e ético de quem exerce poder sobre a massa. A investigação dessas conexões pode não apenas ampliar nossa compreensão do fenômeno, mas também fornecer insights valiosos para estratégias de prevenção e intervenção. Sabendo que o consciente é orientado pelo inconsciente, este artigo busca contribuir para o contínuo desenvolvimento do vasto campo da psicanalise, destacando a importância de abordagens interdisciplinares e reflexões críticas na análise das questões sociais e comportamentais que moldam nossa sociedade e minam o “Eu” de indivíduos.

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica deste estudo se baseia em uma abordagem interdisciplinar que engloba conceitos Psicanalíticos, psicologia, sociologia. A análise do narcisismo e seus possíveis vínculos com comportamentos Irregulares requer uma compreensão profunda das dinâmicas psicológicas, sociais, contextuais e ambientais que moldam a manifestação desses traços de personalidade que podem estar sofrendo um movimento inconsciente. Nesse sentido, esta seção explora os principais fundamentos teóricos que embasam a investigação sobre o crescente manifesto de comportamento narcisista no setor público e a conjuntura que favorece essas relações nocivas.

A teoria psicológica do narcisismo, fundamentada nas obras de Sigmund Freud e posteriormente desenvolvida por autores como Heinz Kohut, enfoca o desenvolvimento da personalidade e a formação do ego. O narcisismo é visto como uma parte natural do desenvolvimento humano, com um equilíbrio saudável entre o amor próprio e a consideração pelos outros. No entanto, quando o narcisismo se torna patológico e ou dominado por um ego inflado e vulnerável, pode levar a comportamentos manipulativos e egocêntricos, que podem estar associados a atos desviantes que distorcem conceitos morais, cívicos, e princípios legais que prejudicam outros indivíduos acentuando o pior da faceta de um individuo desequilibrado que ocupa de poder e influência sobre outros.

Na esfera sociológica, o narcisismo é analisado em relação às influências culturais e sociais que promovem valores individualistas e de busca por reconhecimento. Autores como Christopher Lasch abordam o narcisismo como um reflexo da sociedade consumista e orientada para a imagem, onde a busca incessante por sucesso e visibilidade pode alimentar comportamentos desviantes, à medida que os indivíduos buscam alcançar seus objetivos a qualquer custo.

A relação entre narcisismo e comportamento desviante é examinada por meio da teoria das personalidades antissociais e psicopáticas. Pesquisadores como Robert D. Hare argumentam que traços narcisistas, quando exacerbados, podem ser componentes de personalidades psicopáticas, que frequentemente manifestam comportamentos criminosos e manipulativos. A ausência de empatia e a busca por gratificação instantânea podem levar a comportamentos desviantes, como a manipulação de outros para atender aos desejos pessoais.

A abordagem da convivência no setor profissional de abrangência pública – envolvendo hierarquia, grande exposição sobre atos profissionais e pessoais, numerosos colegas de trabalho e relacionamentos de interesse pessoal, financeiro, político, conquista por poder  – se torna um literalmente um ambiente pouco humanizado é  fundamental para compreender como os traços, e perfis narcisistas se manifestam em diferentes contextos.

A interseção dessas perspectivas teóricas oferece uma base sólida para investigar a relação entre o narcisismo sua aquisição como perfil, ou como transtorno psicológico e não menos importante o desenvolvimento epidêmico desses traços de comportamentos desviantes nas relações profissionais do setor público. Essa compreensão multidimensional permite uma análise mais abrangente dos fatores que podem contribuir para comportamentos desviantes, fornecendo insights valiosos para a prevenção e intervenção no campo da Psicanalise.

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta seção detalha a metodologia adotada para a pesquisa, respondendo às questões do quê, quem, onde, como e com quê. A abordagem escolhida para este artigo foi interdisciplinar, incorporando elementos do método quantitativo e qualitativo para proporcionar uma compreensão abrangente dos traços narcisistas e sua relação com o ambiente profissional do setor público no coletivo e no próprio indivíduo.

Optou-se por uma abordagem mista, combinando elementos quantitativos e qualitativos. O método quantitativo permitirá a coleta de dados numéricos para análise estatística, enquanto o método qualitativo possibilitará a compreensão profunda dos contextos e motivos por trás dos traços narcisistas que validam a desestabilidade coletiva e individual de uma área tão importante quanto a do serviço público.

A pesquisa é de natureza exploratória e descritiva. Exploraremos os traços narcisistas nas relações profissionais dentro do setor público e buscaremos descrever os possíveis vínculos com comportamentos nocivos. Além disso, almejamos compreender a interação entre esses traços e os contextos sociais que moldam esse manifesto.

O artigo cientifico combina elementos de estudo de caso, analise pessoal direta e indireta e pesquisa bibliográfica. O estudo de caso permitirá uma análise aprofundada das relações de convivência em diferentes contextos, enquanto a pesquisa bibliográfica fornecerá o embasamento teórico necessário para contextualizar os traços narcisistas que impulsionam os comportamentos desviantes dentro do setor público.

O universo desta pesquisa compreende indivíduos que participam de relações profissionais dentro do setor público, interna e externamente levando a resultados negativos individualmente e coletivamente. A população pesquisada foi selecionada a partir de diversos grupos demográficos e sociais, a fim de garantir a representatividade e diversidade.

O recorte será realizado por meio de amostragem não probabilística intencional, permitindo a seleção de participantes que apresentem traços narcisistas evidentes ou relatos de comportamentos desviantes, levando em consideração o ecossistema de trabalho do setor público. O tamanho da amostra será determinado pelo critério de saturação, ou seja, até que novos dados acrescentem informações significativas.

Os dados quantitativos serão submetidos a análises estatísticas, como análise de correlação e testes de significância, para identificar padrões e relações numéricas entre traços narcisistas e comportamentos prejudiciais que afetam a área profissional do setor publico. Os dados qualitativos serão analisados por meio da análise de conteúdo, categorizando e interpretando os relatos dos participantes para compreender os aspectos subjetivos e contextuais das relações estudadas.

Ao adotar essa metodologia mista e abrangente, espera-se obter uma visão mais completa e enriquecedora dos traços narcisistas e o quanto estão afetam o “meio” das relações profissionais do setor público. Isso permitirá uma análise aprofundada das dinâmicas sociais, influencia de ambiente coletivos, psicológicas e culturais envolvidas, contribuindo para a compreensão mais precisa desse fenômeno complexo da psique contemporânea.

3. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Após a descrição minuciosa da metodologia empregada nesta pesquisa, é possível delinear as expectativas para os resultados que emergirão da análise interdisciplinar das relações entre narcisismo, comportamentos nocivos nas interações de convivência profissional no setor público. A abordagem interdisciplinar, que combina elementos quantitativos e qualitativos,e a própria realidade vivida , tem como objetivo oferecer uma compreensão rica e abrangente desse fenômeno complexo.

Antecipa-se que os dados quantitativos coletados proporcionarão insights valiosos sobre as correlações entre traços e personalidades narcisistas que corroboram para comportamentos desviantes e nocivos nas relações profissionais do setor público. A análise estatística permitirá identificar padrões e tendências que indicam a natureza e a intensidade das relações entre essas variáveis. Essa análise quantitativa pode fornecer uma visão numérica precisa das dinâmicas observadas.

Os dados qualitativos colhidos por meio de relatos detalhados dos participantes permitirão uma exploração mais profunda das motivações subjacentes aos comportamentos nocivos e personalidades irregulares relacionados ao narcisismo da formatação. A análise de conteúdo proporcionará uma compreensão enriquecida das razões emocionais, psicológicas, ambientais e sociais que impulsionam a interação entre esses elementos.

A abordagem de estudo de caso, combinada com a pesquisa bibliográfica, permitirá a obtenção de múltiplas perspectivas sobre os contextos sociais em que os traços narcisistas se manifestam e sua relação com o ambiente profissional do setor público, comportamentos que causam prejuízos coletivos e individuais. A análise dos casos específicos e a contextualização teórica fornecerão uma visão holística das dinâmicas envolvidas.

Prevê-se que os resultados revelem nuances contextuais importantes que influenciam a relação dos indivíduos no ambiente de trabalho do setor público. Essas nuances podem incluir características específicas das relações, do ambiente de trabalho e da metamorfose até o resultado do caos. Essa compreensão contextual aprofundada pode guiar abordagens mais eficazes de prevenção e intervenção.

Espera-se que a análise meticulosa e a abordagem multifacetada desta pesquisa enriqueçam o corpo de conhecimento existente sobre o narcisismo e seus efeitos nas relações profissionais. As conclusões podem oferecer insights originais, adicionar nuances às teorias existentes e estimular o desenvolvimento de novas abordagens teóricas e práticas para lidar com esses fenômenos complexos.

Os resultados podem ser aplicados na formulação de diretrizes práticas e estratégias de intervenção nas áreas de relacionamentos profissionais dentro do setor público, indo além para todos os ambientes de trabalho. A compreensão das interações entre o narcisismo e o meio profissional oferece a oportunidade de desenvolver abordagens que promovam relações mais saudáveis, indivíduos devidamente protegidos e resistentes a desvios prejudiciais.

Por meio dessa abordagem metodológica abrangente, esta pesquisa aspira contribuir significativamente para a compreensão do narcisismo e seus reflexos no ambiente de trabalho do setor público. Ao explorar as nuances contextuais, compreender as motivações subjacentes e fornecer subsídios para abordagens práticas, espera-se que os resultados ofereçam insights tangíveis e aplicáveis, influenciando o entendimento acadêmico e a prática no campo das relações interpessoais.

O narcisismo é um traço de personalidade complexo e frequentemente mal compreendido, que pode influenciar significativamente as interações humanas. Pessoas com traços narcisistas tendem a exibir um padrão de comportamentos e atitudes centrados em si mesmos, buscando constantemente validação e reconhecimento. A literatura até 2021 tem oferecido uma compreensão valiosa das características dessas pessoas, dos comportamentos associados ao narcisismo e das implicações para as relações interpessoais.

Indivíduos narcisistas geralmente exibem características distintas, incluindo um senso inflado de auto importância e uma busca incessante por admiração. Eles podem exagerar suas realizações, acreditando serem únicos e merecedores de atenção especial. A falta de empatia é uma característica comum, tornando difícil para eles reconhecerem as necessidades e sentimentos dos outros. Além disso, tendem a ser sensíveis a críticas e reagem com hostilidade quando confrontados com simples questionamentos acerca de algo.

Pessoas narcisistas podem exibir uma variedade de comportamentos que refletem sua auto obsessão e busca por validação. Eles frequentemente monopolizam conversas, desvalorizando os sentimentos e conquistas dos outros para reforçar sua própria importância. Essas pessoas também podem exibir comportamentos manipuladores, usando sua autoconfiança para controlar e influenciar os outros em busca de vantagens pessoais. A tendência a desconsiderar as regras sociais e éticas é outro comportamento associado, muitas vezes levando a atos de desonestidade ou exploração.

O narcisismo pode ter um impacto significativo nas relações interpessoais dentro de um ambiente de trabalho, seja público ou privado. Em relações familiares, por exemplo, indivíduos narcisistas podem criar um ambiente tóxico, onde seus desejos e necessidades prevalecem, minando a harmonia familiar e causando conflitos constantes. No ambiente de trabalho, eles podem ser vistos como colegas competitivos e manipuladores, prejudicando a colaboração e prejudicando o moral da equipe. Nos relacionamentos amorosos, a busca incessante por admiração e atenção pode levar a dinâmicas desequilibradas, com a outra parte frequentemente sendo explorada emocional e psicologicamente.

Em suma, as características das pessoas narcisistas, os comportamentos associados e seu impacto nas relações profissionais dentro do setor público são tópicos de interesse considerável na literatura. Embora o narcisismo seja uma característica inerente à personalidade, é notável que existe um copia e cola de perfis, uma multiplicação de personalidades que adquiriram traços narcisos, compreender seus traços e consequências pode ajudar a desenvolver estratégias para lidar com essas dinâmicas nas interações cotidianas nas áreas profissionais. As relações interpessoais saudáveis dependem de uma compreensão mútua, empatia e respeito, e a conscientização sobre o narcisismo pode auxiliar na criação de ambientes mais equilibrados, seguros e enriquecedores.

4 DISCUSSÃO

O tema Narcisismo nas repartições publicas tem sido cada vez mais discutido, especialmente no contexto brasileiro. Esse fenômeno se manifesta de diversas formas, impactos negativos no ambiente organizacional, desacelerando ainda mais a eficiência dos serviços públicos.

Um panorama de comportamentos Narcisistas no setor publico; Busca incessante por status e reconhecimento, muitas vezes em detrimento do interesse coletivo; Competição entre carreiras onde servidores de diferentes áreas buscam equiparação ou superioridade, não necessariamente baseadas em méritos ou necessidades sociais, mas em uma espécie de “espelhamento’’ narcisista; Desvalorização do trabalho alheio e apropriação de conquistas coletivas como se fossem individuais; Resistencia a orientações construtivas, interpretando-as como ataque pessoal.

A presença de indivíduos com trações Narcisistas em posições de liderança pode ser caótico para saúde emocional dos agentes envolvidos; Tomadas de decisão precipitadas, baseada em vaidades pessoais do em analises técnicas, coesas e legais; O clima organizacional deteriorado, com o aumento de conflitos e redução da motivação entre os servidores; Perda de talentos que realmente contribuem para o desenvolvimento geral, já que profissionais competentes vem a notar a desvalorização e buscar outras oportunidades; O que notoriamente faz prosperar os bajuladores, encostados, os incapazes de fazer a entrega necessária para o real progresso público; Sendo notado que existe uma Pandemia cultural organizacional contaminada por traços e perfis narcisos  se perpetuando desenfreadamente, o que dificulta o processo de melhoria e desenvolvimento nas esferas; Analisando essa necessidade contemporânea de excessos e aparências superficiais, de ausência de ética, de alinhamento entre narrativa e real ação, considerando um público volúvel que busca a superficialidade das exposições e não a realidade é muito fácil esconder o improprio e revelar apenas o lado sombrio disfarçado de construção positiva.

Para Mitigar e evitar a continua e desproporcional prosperidade dessas perfis nas repartições públicas; O sistema deveria exigir processos seletivos técnicos e psicológicos  para a ocupação de cargos hierárquicos superiores onde avaliações psicológicas iniciais identifiquem a compatibilidade  de personalidade para o indivíduo atuar na liderança do serviço público; levando em consideração a eficiência de um perfil narcisista em manipular, as avaliações tanto com o líder quando com os liderados deveria seguir um padrão temporal.

Um canal ou órgão sério e externo, sem patrocínio nenhum das instituições públicas próximas, sem a intromissão do estado para haver imparcialidade nas definições do corpo técnico. Um órgão ao qual vai fiscalizar e avaliar o contexto individual e coletivo, “com leis ruins e juízes bons ainda é possível o desenvolver, mas com juízes ruins as melhores leis não servem para nada” Otto Von*. A implantação de um sistema de segurança individual, mas traria dados transparentes dos efeitos colaterais, profissionais inteiros para avaliar casos individuais e coletivos, com capacidade de atuar para trazer o que está em falta hoje na mão de obra pública que faz o serviço mais importante da sociedade em geral. Segurança real e humana; Alinhamento dos princípios do serviço público, das leis e da dignidade humana.

Todo Governo degenera, se confiado somente aos governantes do povo. Assim o próprio povo é o único depositário seguro do poder. E para torna-lo ainda mais seguro, a mente do povo deve ser aperfeiçoada. (Thomas Jefferson)

            A sociedade tem o legitimo anseio de que as funções públicas sejam efetivamente exercidas, justificando dessa maneira o recurso lá aplicado. Com o declínio da mão de obra publica e o vislumbre faminto por título, gana pelos autos salários que provém desses títulos, a não existência de uma fiscalização real e efetiva da segurança individual e coletiva dos servidores públicos, que tem a função direta de fazer a entrega de tudo aquilo que vivemos direta e indiretamente na rotina de vida, desde uma lâmpada acessa na via pública até alfabetização básica de nossos filhos.

O sistema de funcionalismo publico está cortando dessa maneira a obrigação de dar a satisfação a todos os seus usuários, que são aqueles que mantem a engrenagem dessa máquina. Os últimos dados trazem o número estimado de 11 a 12 milhões de servidores públicos em atuação no brasil, distribuídos entre esferas municipais, estaduais e federais. Dessa total maior parte concentrada nos municípios, seguida pelos estados e, por fim pela união.

Os servidores estão vivendo no que poderia denominar espelhamento narcisista, que se explica por narrações eufemísticas “mudanças são necessárias”, “tudo está sendo feito para melhoria”, “isso é necessário”. Sem levantamentos, sem lei, sem regra, sem analise de impacto. Apenas a vontade de alguém ou alguns poucos.

A dura verdade é que o servidor que Acredita que ao se manifestar para a execução da lei, da ordem, da regra, do justo, do imparcial, do que é realmente necessário para entregar e trazer identidade ao destino dado aos recursos do cidadão, revelar o compromisso que fizeram perante a sociedade é mastigado pelos famintos do poder.

Na característica própria do espelhamento narcisista; É uma recusa da diferença, o espelho só interessa se refletir uma imagem que reforce a autoimagem. Como diria Lacan, o eu se constitui num “estagio do espelho”, mas no narcisismo esse reflexo não é superado é cristalizado. O sujeito não se lança ao que tem ao seu redor, ele se fecha em suas próprias repetições. Repetições que se forem servidas com poder  incontestável e jeito de se conquistar números bancários próprios se torna uma mistura perfeita para reprodução notória de comportamentos perturbadores.

5.    CONCLUSÃO

O desfecho deste artigo traz à luz as principais conclusões e reflexões derivadas da investigação e experiencia sobre o narcisismo e seus efeitos nas áreas profissionais do setor publico. A abordagem interdisciplinar adotada permitiu uma análise abrangente, que cruzou fronteiras entre a psicanalise, sociologia e filosofia de vida contemporânea contribuindo para uma compreensão mais profunda desse fenômeno complexo e tão presente.

Os resultados desta pesquisa demonstraram claramente a presença de traços e personalidades narcisistas nos ambientes de trabalho do setor público. Evidenciou-se como a busca por reconhecimento excessivo e a falta de empatia, que contribuem para a acentuada marca emocional no meio profissional do setor público. Conflitos, manipulação emocional e comportamentos desviantes que desafiam as normas sociais, regulamentos éticos e morais e a própria lei. A combinação de métodos quantitativos e qualitativos permitiu uma visão rica desses traços, revelando tanto as dimensões numéricas quanto as motivações subjacentes.

A compreensão dos mecanismos que ligam o narcisismo aos comportamentos desviantes, a intensidade do crescimentos de traços e personalidades no ambiente de trabalho do setor público, oferece insights valiosos para a prevenção e intervenção em diversas esferas profissionais da sociedade. A identificação precoce desses traços em ambientes de trablho, por exemplo, pode contribuir para a promoção de dinâmicas mais saudáveis e o desestímulo de relações abusivas. No ambiente de trabalho, a conscientização sobre as possíveis ramificações do narcisismo pode auxiliar na promoção de uma cultura de colaboração e respeito mútuo.

É fundamental destacar que a relação entre o narcisismo e os comportamentos desviantes dentro do ambiente profissional é complexa e influenciada por uma série de fatores contextuais e individuais. Portanto, as estratégias de intervenção e prevenção devem ser holísticas e adaptadas aos diferentes cenários e necessidades. As contribuições deste estudo apontam para a relevância de abordagens multidisciplinares na compreensão dos comportamentos humanos e na construção de uma sociedade mais coesa.

Em última análise, este trabalho reforça a importância de investigar temas pouco explorados na psicanalise coletiva, ciências sociais, como o narcisismo, que têm implicações significativas para o entendimento dos comportamentos desviantes. Espera-se que as conclusões e insights deste estudo inspirem futuras pesquisas e influenciem práticas e políticas voltadas para a promoção de relações saudáveis e a prevenção de comportamentos prejudiciais. Ao adentrar no território do narcisismo e seus reflexos, esta pesquisa visa iluminar caminhos para uma sociedade mais informada, resistente e resiliente diante dos desafios interpessoais.

6. REFERÊNCIAS

Twenge, J. M., & Campbell, W. K. (2018). A epidemia do narcisismo: vivendo na era do direito. Atria Livros.

Brummelman, E., Thomaes, S., Orobio de Castro, B., Overbeek, G., & Bushman, B. J. (2015). “Isso não é apenas bonito, isso é incrivelmente lindo!”: O impacto adverso dos elogios inflados em crianças com baixa autoestima. Ciências Psicológicas, 26(5), 549-558.

Grijalva, E., & Zhang, L. (2016). Narcisismo e autopercepção: uma revisão e meta-análise das tendências de auto-aprimoramento dos narcisistas. Boletim de Personalidade e Psicologia Social, 42(1), 3-24.

Campbell, W. K., & Foster, C. A. (2007). Narcisismo e comprometimento em relacionamentos amorosos: uma análise de modelo de investimento. Boletim de Personalidade e Psicologia Social, 33(7), 935-947.

Bushman, B. J., Baumeister, R. F., & Campbell, W. K. (2000). Autoestima, narcisismo e agressividade: a violência resulta da baixa autoestima ou da ameaça de egoísmo?. Rumos Atuais da Ciência Psicológica, 9(1), 26-29.

https://www.estadao.com.br/opiniao/espelhamento-narcisista-imp (2012) Por DENIS LERRER ROSENFIELD.

Autor: Tammy Riwlly Duarte , Bacharel em Criminologia, Hipnoterapeuta Clinica, Psicanalista, pós-graduada em psicologia.
Mato Grosso do Sul- Brasil 2025

Foto: Ilustrativa

 

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