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Conheça as 3 sucuris mais famosas do paraíso escondido no Brasil

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As sucuris que habitam Bonito, em Mato Grosso do Sul, continuam surpreendendo guias, turistas e biólogos sempre que são avistadas. A região abriga uma das maiores sucuris já registradas por cientistas: Ana Júlia. A serpente foi encontrada morta em março de 2024, no Rio Formoso.

Mas Ana Júlia não é a única estrela das águas cristalinas de Bonito. Outras duas sucuris também ganharam fama após serem observadas repetidamente por guias e pesquisadores.

O g1 conversou com o biólogo e especialista em serpentes Henrique Abrahão Charles, que explicou por que a região se tornou referência em avistamentos de sucuris.

“O que torna Bonito único é a água extremamente cristalina e a presença de animais realmente muito grandes. A impressão que temos é de que elas são maiores que as da Amazônia. E como a visibilidade é excelente, conseguimos observá-las com mais frequência.”

Confira abaixo as 3 sucuris mais famosas de Bonito:

ANA JÚLIA

Conhecida como “vovozona”, Ana Júlia morreu de causas naturais em 2024. De acordo com a perícia, ela media 6,36 metros e pesava aproximadamente 200 kg.

Fim de mistério: Ana Julia, sucuri mais famosa do mundo, morreu de causas  naturais, aponta perícia | Mato Grosso do Sul | G1
Sucuri conhecida como Ana Júlia, em Bonito.

MÃEZONA

Apelidada e registrada pelo guia de turismo Vilmar Teixeira, Mãezona continua sendo avistada com frequência. Atualmente, seu comprimento estimado é de cerca de 6 metros.

'Mãezona', sucuri de quase 6 metros
Sucuri foi apelidada de Mãezona pelo guia turístico Vilmar Teixeira.

QUEIXINHO

Também registrada por Vilmar, essa sucuri ganhou o apelido por apresentar uma deformidade na mandíbula. Ela mede aproximadamente 5 metros.

 

É uma nova sucuri', diz guia sobre Queixinho, cobra com mandíbula deslocada  em MS
Sucuri foi apelidada de Queixinho por guia turístico.

Curiosidades sobre as sucuris, segundo o biólogo:

Reprodução

As sucuris são vivíparas — ou seja, os filhotes nascem formados, e não de ovos. Segundo Henrique, as fêmeas são cerca de duas vezes maiores que os machos no período reprodutivo, que começa na primavera. Seis meses depois, os filhotes nascem. “Uma única fêmea pode gerar até 100 filhotes, dependendo do seu tamanho.”

Durante o acasalamento, a fêmea libera feromônios que atraem vários machos. “Ela forma o chamado bolo reprodutivo, onde vários machos se enrolam ao seu redor. E é ela quem escolhe com qual vai acasalar. Em alguns casos, a fêmea pode até se alimentar de um dos machos durante o processo.”

Tamanho e peso

Apesar de não serem as mais longas, as sucuris são as serpentes mais pesadas do mundo. “Elas só perdem em comprimento para a píton-reticulada”, explica o biólogo.

As fêmeas podem chegar a até 7 metros e ultrapassar 100 kg — algumas podendo pesar até 200 kg. Já os machos geralmente não passam de 4 metros e pesam entre 20 e 30 kg.

Alimentação

As sucuris se especializam em predar mamíferos, mas também consomem aves, répteis, outras serpentes, peixes, tartarugas e lagartos.

Ataques a humanos

Apesar dos mitos que cercam a espécie, Henrique é enfático: não há nenhum registro oficial de sucuris atacando e devorando seres humanos. Mesmo assim, ele alerta para o respeito ao animal. “Deixe o bicho quieto, admire de longe, e tudo vai ficar bem.”

 

Fonte:G1MS

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