
Axolotes nascidos no Bioparque Pantanal, em Campo Grande, passarão a integrar o Aquário Marinho do Rio de Janeiro. A transferência dos animais está sendo realizada na manhã desta terça-feira (13).
Para reportagem, a diretora-geral do Bioparque, Maria Fernanda Balestieri, explicou que os trâmites para a transferência dos axolotes começaram há três meses. Ao todo, 22 exemplares serão enviados, sendo sete fêmeas.
“Recebemos esses animais do Ibama. Eles foram fruto de apreensões feitas pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em 2022. Realizamos o manejo de conservação e reprodução, e agora estamos promovendo essa troca de experiência com o AquaRio”, detalhou.
Nas primeiras horas da manhã, biólogos do Bioparque Pantanal e do Aquário Marinho do Rio participaram do manejo dos animais. Para garantir uma viagem segura, os axolotes estão sendo transportados em sacos plásticos oxigenados.
A espécie, considerada exótica, exige temperaturas entre 15ºC e 17ºC. “Eles serão transferidos por via aérea. Os sacos foram oxigenados e colocados dentro de caixas de isopor com saquinhos de gelo em gel, para manter a temperatura ideal”, explicou Maria Fernanda.
Para receber os animais, o Aquário Marinho do Rio preparou um espaço especial, onde os axolotes serão expostos ao público. O local também exibirá um vídeo informativo sobre o projeto de conservação realizado no Bioparque Pantanal. “É um pedacinho do Bioparque no AquaRio”, afirmou a diretora.
Em extinção — Os axolotes são salamandras endêmicas nos lagos Xochimilco e Chalco, na região central do México. A espécie está ameaçada de extinção por causa da destruição do habitat natural e da introdução de espécies exóticas invasoras.
Entre suas características mais impressionantes, está a capacidade de regenerar completamente membros, além de partes do cérebro, do coração e da coluna vertebral. Os axolotes também mantêm características larvais — como brânquias externas e nadadeira caudal — mesmo na fase adulta, condição conhecida como neotenia.
Fonte:Campo Grande News