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Com a linguinha de fora, sucuri-amarela é flagrada no Pantanal

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O passeio após almoço rendeu grata surpresa no Refúgio Ecológico Caiman, em Miranda. Uma sucuri-amarela, de cerca de 2,5 metros, fez aparição aos turistas, um flagrante da beleza pantaneira e indicativo do alagamento do bioma.

“Fazia uns meses que eu não via, fiquei muito feliz”, comemorou a bióloga e guia do refúgio, Luiza Coqueiro, que fez as imagens no dia 19 de abril e postou nas redes sociais.

Luiz e guia de campo estavam com grupo de 10 pessoas no passeio de carro, passando pela baía próxima de uma das pousadas privativas do refúgio, que está alagada. “Foi naquele ambiente que viemos a sucuri amarela”.

O réptil levantou a cabeça e colocou a língua para fora, estratégia para “cheirar” o ambiente, ao captar partículas químicas do ar e do solo. O comportamento, além de reconhecer a área, ajuda a sucuri a detectar presas e identificar predadores.

O grupo desceu do carro e acompanhou a cobra durante 15 minutos. “Ela estava muito tranquila, é legal esse avistamento que a gente consegue chegar próximo do bicho, sempre respeitando o animal”, disse Luiza.

A bióloga disse que este é momento propício para este tipo de avistamento, já que o Pantanal está enchendo, por conta das últimas chuvas. A sucuri-amarela, por exemplo, vive em áreas inundáveis, como pântanos e brejos.

A cobra é conhecida como sucuri-amarela por conta do fundo do corpo, de tom amarelado e manchas pretas. Nos jovens, a cor adota verde-oliva e, nos mais velhos,  marrom escuro.

Esta espécie atinge maturidade sexual entre 3 e 4 anos de idade. A gestação dura cerca de seis meses, gerando uma ninhada que varia entre 4 e 82 filhotes, sendo que há registros médios de 40 filhotes.

Segundo informações da SOS Pantanal, a forma de reprodução da sucuri-amarela é poliândrica. Ou seja, uma única fêmea acasala com vários machos, atraindo-os por meio de um feromônio liberado quando está no período fértil. Os machos, então, se enrolam ao redor dela, formando aglomerado chamado de “bolo de reprodução”. Este grupo, com até 13 machos, fica junto por cerca de um mês.

 

Fonte:Campo Grande News 

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