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Conservação do solo garante rios cristalinos em Bonito e Jardim, mesmo após fortes chuvas

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As ações de conservação do solo desenvolvidas pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), já apresentam resultados visíveis na região de Bonito e Jardim. Após um intenso volume de chuvas, os rios locais mantiveram suas águas cristalinas, permitindo novamente o fenômeno da “trilha submersa” no rio Olho D’Água – uma prova do sucesso das práticas ambientais adotadas.

De acordo com o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, o retorno positivo comprova que as ações estão no caminho certo e precisam ser fortalecidas. “Vamos continuar com as práticas conservacionistas do Prosolo, notificar os proprietários para que se adequem e promover o equilíbrio ambiental, o que beneficia não só a biodiversidade, mas também a economia local baseada no ecoturismo”, afirmou.

O rio Olho D’Água, afluente do rio da Prata, apresentou a trilha submersa após um acumulado de 220 mm de chuva em apenas sete horas. Com a elevação natural do nível das águas, as passarelas de madeira foram cobertas, recriando um dos passeios mais procurados da região, agora com ainda mais segurança ambiental. Em anos anteriores, o excesso de sedimentos levados pela chuva turvava os rios, impedindo a visualização do fenômeno.

Eduardo Coelho, diretor do Grupo Rio da Prata, destaca que a preservação da mata ciliar e o fato da trilha estar inserida em uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) são essenciais para manter a qualidade das águas. “É uma demonstração clara de como o cuidado com o ambiente traz resultados positivos”, disse.

Outro rio beneficiado é o Formoso, que também apresentou melhorias visíveis. “Nos últimos três anos, a parte alta do Formoso está mais resistente às chuvas, mas outras áreas ainda precisam de atenção”, comentou Lucas Alves, produtor rural e sócio de empreendimento turístico.

Prosolo: tecnologia e ações concretas

O Prosolo, criado em 2021, visa construir uma base metodológica para uma economia de baixo carbono em Mato Grosso do Sul. Entre as medidas estão o terraceamento, adequação de estradas e recuperação de vegetação nativa. Desde o início do programa, mais de 600 km de estradas foram recuperados, 1.200 km de curvas de nível construídas, e 19 motoniveladoras repassadas a municípios para auxiliar na conservação.

Construção de terraceamentos é prática mais usual para evitar formação de erosões. Foto: Divulgação Semadesc

Para a região de Jardim, Bonito e Bodoquena, foi implantada uma Patrulha Ambiental com equipamentos específicos para contenção de erosões e preservação de áreas produtivas. “Essas ações integram manejo agrícola e conservação ambiental, garantindo sustentabilidade econômica e ecológica”, explicou Rogério Beretta, secretário executivo da Semadesc.

Além disso, a criação da Câmara Técnica de Conservação do Solo e da Água para os municípios da região tem papel estratégico na aprovação de projetos e capacitação de profissionais. Em 2024, a câmara analisou 112 projetos e promoveu cursos voltados à sustentabilidade ambiental.

Fonte:Idest

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