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Execução do ‘Rei das Fronteiras” iniciou guerra entre PCC e CV no Brasil e Paraguai

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Era 15 de junho de 2016. Esse foi o dia que desencadeou uma guerra na fronteira entre Brasil e Paraguai e que espirrou sangue em vários estados brasileiros. O conhecido ‘Rei da fronteira’ foi executado em Pedro Juan Caballero, cidade dividida de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, por uma avenida. O Brasil Urgente esteve no local da execução.

Jorge Rafaat comandava a principal rota do tráfico internacional de drogas e era fornecedor tanto do PCC quanto do Comando Vermelho. Com a execução, as duas maiores organizações criminosas do Brasil passaram a disputar espaço.

Naquela noite, o rei da fronteira tinha participado de uma reunião de negócios com traficantes paraguaios. Ele estava acompanhado de, pelo menos, seis capangas e embarcou em um carro blindado, uma Hammer.

Já havia escurecido quando o mega traficante dirigia por uma das principais ruas de Pedro Juan Caballero, escoltado pelos capangas em outros dois carros. Quando o comboio chegou ao cruzamento, havia uma Hilux branca no semáforo e outros dois carros blindados.

A Hilux não tinha o banco traseiro, retirado para dar lugar a uma metralhadora .50, artilharia antiaérea, fixada e apoiada em um buraco no vidro traseiro. Quando a Hammer se aproximou, a Hilux avançou até o outro lado do cruzamento e o criminoso abriu fogo.

A Hammer foi atingida por mais de 200 tiros, sendo que 16 perfuraram a blindagem e atingiram o rei da fronteira. Os capangas de Rafaat perseguiram os atiradores e houve mais tiroteios ao longo da fronteira entre Brasil e Paraguai.

A morte de Rafaat ainda repercute numa guerra sem fim. Pedro Juan Caballero é um ponto estratégico do tráfico internacional de drogas. Por ali, passa a cocaína produzida na Colômbia, que atravessa o Paraguai e chega ao Brasil para o consumo interno, mas principalmente, para chegar aos nossos portos e ser enviada pra Europa. O que atrai tantos traficantes é a possibilidade de ganhos bilionários.

Depois da morte de Rafaat, Jarvis Jimenez Pavão, apontado como mandante do crime, assumiu o comando na fronteira, depois Minotauro. Mas nunca mais houve um controle único. Traficantes de vários grupos ligados ao PCC e Comando Vermelho atuam ali e disputam os espaços.

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