O presidente do Instituto Agwa, Nelson Araújo Filho tomou posse na última sexta-feira(4), como mais novo associado do IHGMS – Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul. A sessão solene foi em comemoração aos 47 anos da criação da entidade e ocorreu no auditório do CREA – MS. Na ocasião foi feita a entrega da outorga da Comenda Paulo Coelho Machado para algumas personalidades do Estado e aos novos associados.
Receberam a comenda as seguintes personalidades: Cleonice Alexandre Le Bouregat, Irmã Silvia Vecellio, José Couto de Vieira Pontes e Maria Madalena Dib Mereb Greco. Além da posse de Nelson Araújo Filho, foram agraciados como associadas eméritas, Alisolete dos Santos Weingartner e SImone Mamede. Como associados efetivos, Ana Paula Correia de Araújo, André Vilela Pereira, Andréa Freira e Carlos Alberto Vargas Freira. Associado correspondente, Marcelo Peixoto.
O presidente do Instituto Agwa afirmou que estava extremamente grato pela escolha de seu nome para fazer parte do IHGMS. Falou da importância do trabalho de todos em preservar, pesquisar e mostrar a história de um povo, de uma nação.
“Nós enquanto espécie humana, somos história. Nossa história, nossa gênese. O vigor do povo mede a memória. O desafio, eu enxergo esse confronto, esse conflito. O que fazer? Mato Grosso do Sul é pródigo de história, de belas histórias. Poderíamos falar das nações indígenas, como dos kadiwéu e guató. Mas, nós temos nações ainda maiores com histórias muito mais ricas. Temos o que contar. E fazer isso é muito importante porque ela lança, semeia valores, semeia pertencimento”.



Outro ponto em seu discurso de posse, Nelson Araújo relatou sobre um dos assuntos que trabalha e pesquisa há mais de 30 anos: o Pantanal. “Poderia lembrar vocês do ponto de vista geográfico. Nós temos alteração profunda no Pantanal que é algo desconhecido absurdamente. Para se ter uma ideia nós temos 20 por cento da planície inundada de forma permanente. Nós temos um papel a cumprir enquanto historiadores, enquanto homem de geografia. Em relação ao Pantanal até ouso a dizer um pouquinho mais. As pessoas falam do fogo, eu diria que nós temos que pensar no impacto do gado nessa região, porque a planície é de extrema. É uma planície de água e fogo. O gado apagou o fogo e a areia trouxe o fogo de volta. Nós temos história, nós temos o que pesquisar e que nossa bagagem sirva para reverenciar, participar para o crescimento”.
Finalizando, relatou um fato interessante na escolha de sua profissão como advogado. “Eu passei no vestibular, na ordem, pelas minhas notas de história, geografia e português, e assumi as minhas consequências. E deu certo… E acho que fiz uma boa escolha pois dedicar a essas três matérias, esquecendo do resto, me colocou aqui hoje no Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul”.