A descoberta de um ato falho dos atuais dirigentes da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), publicando em apenas um jornal de Campo Grande o edital das próximas eleições, sem dar a mais ampla e necessária divulgação, revoltou a categoria. O Professor Joaquim Soares de Oliveira Neto, candidato da chapa alternativa que vai disputar o comando da entidade, decidiu incluir esse questionamento no conjunto de propostas e demandas que está debatendo com educadores e educadoras no interior.
A atual diretoria, liderada pelo presidente Jaime Teixeira, mandou publicar o edital no dia 28 de fevereiro, no jornal “Correio do Estado”, porém escondeu a notícia. Segundo Joaquim, a reclamação dos colegas procede. “O edital deveria ser notícia de destaque no portal da Federação, nos seus murais, redes sociais, em todos os meios de divulgação. Nunca ficar escondido, até porque há prazos para a inscrição de chapas e outros procedimentos”, argumenta.
O edital oficializa o dia 02 de junho para a eleição e estabelece um prazo de até 30 dias após a publicação do edital para a inscrição das chapas. “O edital foi publicado no dia 28. Só estamos sabendo disso agora, quando o prazo diminuiu para menos de 15 dias”, contabiliza Joaquim. No entanto, ele garante que a chapa será inscrita dentro do tempo hábil. Os nomes estão sendo definidos, com ampla representação de todas as regiões do Estado. A candidata a vice é a professora Elisângela Tiago Maia, de Dourados.
O Professor Joaquim aposta no programa de gestão participativa, transparente e democrática para enfrentar e derrotar a chapa adversária, que tem à frente a atual vice-presidente, Deumeires de Moraes, escolhida por Jaime Teixeira, que deve fazer parte da diretoria. “Não se trata apenas de combater o continuísmo, mas de recuperar a Fetems para todas as pessoas que a construíram e a sustentam, os educadores e educadoras”, afirma.
EM BONITO – Nesta quarta-feira, 19, o Professora Joaquim estará em Bonito, atendendo convite de colegas da região, com quem discutirá os problemas atuais e um novo modelo de gestão, “que trate o federado como deve ser tratado, assistido, ouvido, respeitado”. Uma das diretrizes é fazer um movimento consistente de unidade, na defesa e no encaminhamento de soluções de demandas e interesses de todos e todas que fazem ou fizeram a educação no Estado: efetivos, convocados, administrativos, aposentados e aposentadas.
Outras pautas que vêm impulsionando a campanha são a equiparação salarial dos convocados, concurso público e implementação de serviços de excelência na gestão interna, como o atendimento personalizado e humano a quem precisa de assistência e orientação jurídica, previdenciária, de saúde e social. “É grande a dificuldade de lotação dos professores, pois ainda tem escolas sem educadores e educadoras. É preciso mudar o processo seletivo, tanto no Estado como no Município, que se faz pela eliminação e não pela classificação, dificultando a lotação”, pontua.
Para ele, a necessidade de concurso para docentes e administrativos é das mais urgentes. “São poucos os administrativos para as escolas, havendo a terceirização desse grupo. É fundamental lutar pelo melhor e mais seguro mecanismo de estabilidade, que é o concurso. Isto é investir na educação de qualidade e na promoção humana e profissional de quem educa”, enfatiza o Professor Joaquim.
(Na foto, o Professor Joaquim, candidato a presidente, e a professora Elisângela, candidata a vice. O crédito da foto é para: Assessoria de Comunicação)