Nesta manhã de quarta-feira (19), a tensão em torno do caso do casal acusado de aplicar golpes em vítimas que buscavam realizar o sonho da casa própria atingiu um novo patamar. Um grupo de pessoas, muitas delas vítimas do esquema fraudulento, reuniu-se em frente à residência do casal no município de Bonito, para protestar e exigir justiça.
Os manifestantes, visivelmente indignados, carregavam cartazes com frases como “Golpistas Mentirosos” e “Justiça para os prejudicados!”. Alguns relataram ter investido suas economias de anos, acreditando na promessa de terem suas casas entregues em 100 dias, conforme estabelecido nos contratos, mas agora se veem sem o dinheiro e sem o imóvel prometido.
A Polícia Militar e a Guarda Municipal foram acionadas para comparecer ao local e garantir a segurança, evitando que os manifestantes invadissem a propriedade. De acordo com testemunhas, o clima era de revolta, mas o protesto permaneceu pacífico, com os presentes gritando palavras de ordem e exigindo respostas sobre o paradeiro do dinheiro investido.
Enquanto isso, as investigações avançam e revelam detalhes cada vez mais preocupantes sobre a atuação do casal. Além de operar sem registro formal, eles teriam utilizado táticas agressivas para pressionar as vítimas a realizarem os pagamentos, incluindo ameaças de paralisação das obras caso as parcelas não fossem quitadas no prazo. Muitas das vítimas, em situação de vulnerabilidade financeira, acabaram cedendo às pressões, apenas para descobrir que as obras nunca seriam concluídas.
A Delegacia de Bonito, responsável pelo caso, já identificou que o casal possuía um modus operandi bem estruturado, mudando de cidade após acumular denúncias e deixando um rastro de prejuízos financeiros e emocionais. Além das vítimas em Mato Grosso do Sul, há registros de pessoas lesadas em Goiás e São Paulo, o que sugere que a operação criminosa tenha alcance interestadual.
Com a quebra do sigilo bancário e telemático autorizada pelo Poder Judiciário, os investigadores esperam mapear o fluxo de recursos financeiros e identificar possíveis contas e bens adquiridos com o dinheiro das vítimas. A suspensão temporária das atividades da empresa também impede que o casal continue operando enquanto as investigações estão em andamento.
As autoridades reforçam o apelo para que outras possíveis vítimas do esquema entrem em contato com a delegacia para prestar depoimento e contribuir com as investigações.
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Fonte:JardimNews/Imagens (GMB).