Mato Grosso do Sul tem o que o mundo quer: natureza preservada, biodiversidade única e turismo sustentável bem estruturado. Em um momento em que o setor de serviços do estado registrou queda de 6,5% em 2024, o turismo aparece como um dos grandes motores para impulsionar a economia sem comprometer o meio ambiente.
Diferente de outros segmentos, o turismo sul-mato-grossense não depende de grandes obras ou da expansão de áreas agrícolas. Pelo contrário: quanto mais preservado o ecossistema, mais turistas são atraídos, garantindo crescimento econômico e geração de empregos sem destruição ambiental. É o dinheiro que vem da floresta, do rio e da savana, sem precisar derrubar uma árvore sequer.
Os números são animadores. Bonito, referência mundial em ecoturismo, recebe cerca de 300 mil visitantes por ano e movimenta R$ 1 bilhão na economia local. No Pantanal, o turismo de observação de onças-pintadas cresceu 20% nos últimos anos, atraindo viajantes dispostos a pagar alto por uma experiência autêntica na maior planície alagável do planeta.
Agora, o governo e o setor privado trabalham para expandir esse modelo para outras regiões, como a Serra da Bodoquena, garantindo um turismo ainda mais sustentável e descentralizado.
Mais turistas, mais empregos, mais preservação – O turismo sustentável não se resume a belas paisagens. Ele gera empregos em hotéis, restaurantes, passeios, transporte e comércio local. Além disso, cria uma rede de conservação, pois envolve guias turísticos, pesquisadores, ribeirinhos e comunidades tradicionais.
“O turismo de natureza tem um potencial imenso. O Pantanal e Bonito são marcas fortes, mas ainda há muito espaço para crescer de forma responsável”, comenta um empresário do setor. A meta do governo é aumentar em 15% o fluxo de turistas em 2025, garantindo mais renda para o estado sem prejuízos para a fauna e a flora.
O que está sendo feito para manter o equilíbrio entre turismo e meio ambiente
Limite de visitantes – Em Bonito, os passeios têm número restrito de turistas por dia para evitar degradação das nascentes.
Certificações ambientais – Empreendimentos turísticos precisam seguir normas rígidas para operar sem impactar o ecossistema.
Educação ambiental – Visitantes aprendem sobre preservação e impacto ecológico antes dos passeios.
Expansão sustentável – O turismo cresce para novas áreas, mas com infraestrutura planejada para minimizar impactos.
Investimentos em pesquisa – Projetos monitoram o impacto do turismo na fauna e na vegetação para ajustes constantes nas práticas sustentáveis.
O futuro do turismo sustentável em MS – O turismo sustentável não é apenas uma tendência, mas uma necessidade. Com o mundo cada vez mais preocupado com mudanças climáticas e desmatamento, destinos que preservam suas riquezas naturais têm maior valor no mercado global.
Mato Grosso do Sul já saiu na frente, e a expectativa para os próximos anos é consolidar ainda mais essa posição. O estado tem tudo para ser um modelo de como crescer economicamente sem destruir a natureza.
Se o Pantanal, Bonito e a Serra da Bodoquena continuarem a ser explorados com responsabilidade, o turismo pode não apenas salvar a economia do estado, mas também garantir que as próximas gerações herdem um patrimônio natural intacto e lucrativo.
Fonte:Acritica