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Fazenda é multada em R$ 100 mil por poluição no Rio Verde; proprietário recorre

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A Polícia Militar Ambiental (PMA) aplicou uma multa de R$ 100.042 à Fazenda Jangada, no município de Jardim, após vistoria realizada em novembro de 2024 apontar poluição no Rio Verde. A inspeção, solicitada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), revelou que o solo da fazenda, usado para criação de gado, foi inadequadamente manejado, causando o carreamento de sedimentos para o rio.

Segundo o auto de infração, a lama barrenta comprometeu a qualidade da água, tornando-a imprópria para o consumo, banho ou atividades turísticas. Desse valor, R$ 65 mil correspondem à multa por poluição, enquanto R$ 35 mil referem-se à má utilização do solo.

O impacto ambiental: sedimentos e risco para os rios Prata e Miranda – A PMA constatou que a declividade natural do terreno da fazenda, somada à falta de técnicas adequadas de contenção, favoreceu o deslocamento dos sedimentos até o leito do Rio Verde, que desemboca no Rio da Prata e, posteriormente, no Rio Miranda.

O Rio da Prata, conhecido mundialmente pelas águas cristalinas e atividades de ecoturismo, está agora ameaçado pela turbidez trazida pelo Rio Verde. Os sedimentos depositados no Prata podem ser arrastados para o Miranda, um rio que já enfrenta sérios problemas de assoreamento.

“O carreamento de sedimentos é um problema crônico para o Rio Verde e seus afluentes, afetando não só a biodiversidade local, mas também a economia baseada no turismo da região”, afirmou a PMA no relatório de fiscalização.

Investigação constata diferença na coloração água
Investigação constata diferença na coloração água

Proprietário contesta a multa – Kalil Hazime, dono da Fazenda Jangada, afirmou que entrou com recurso no Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) para tentar reverter a multa.

“Estamos dentro da legalidade, com todas as licenças em dia. A multa não reflete a realidade e estamos aguardando o cancelamento”, disse Hazime.

Dados da multa e responsabilidades legais

  • Data da vistoria: novembro de 2024
  • Valor da multa: R$ 100.042
    • R$ 65 mil por poluição
    • R$ 35 mil por má utilização do solo
  • Causa: Sedimentos de solo da fazenda carrearam lama para o Rio Verde
  • Legislação aplicada: Resolução da PMA com base na Lei de Crimes Ambientais

O auto de infração aponta que, mesmo que a fazenda possua licenças de funcionamento, cabe ao proprietário adotar práticas de manejo sustentável do solo. A multa ainda está sob análise do Imasul, que decidirá sobre a validade do recurso apresentado.

Uma ameaça ao turismo e ao meio ambiente – A poluição no Rio Verde é vista como um alerta para os riscos que as práticas inadequadas de manejo podem causar ao meio ambiente e à economia regional. O Rio da Prata, que atrai milhares de turistas para atividades como flutuação e observação de peixes, depende de suas águas limpas para sustentar a atividade turística.

“Se não houver controle do assoreamento e dos sedimentos, os prejuízos não serão apenas ambientais, mas também econômicos, prejudicando o turismo, que é uma importante fonte de renda para Bonito e Jardim”, destacou o relatório da PMA.

 

Fonte:Acritica

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