A volta dos seriados Chaves e Chapolin ao SBT, no final do ano passado, foi bastante celebrada pelos fãs, que ficaram quatro anos sem assistir às produções na TV devido a desacordos entre a emissora Televisa e os herdeiros de Roberto Bolaños. Desde a reestreia, no entanto, as exibições têm sido alvo de críticas por causa do uso de inteligência artificial.
Na quarta-feira (1º), o perfil “Fórum Chaves” no X, um dos maiores dedicados à série na rede social, voltou a abordar o assunto. Em uma imagem compartilhada, a conta mostrou como o uso da tecnologia na tentativa de melhorar a qualidade das gravações pode causar distorções bizarras nas imagens.
O post gerou muita repercussão e, na sequência de mensagens, a conta afirma que algumas anomalias só são identificadas na visualização quadro a quadro, mas que também há várias perceptíveis na reprodução normal. Há, ainda, queixas sobre cores dos olhos mudando a cada cena, imagens esticadas e traduções de placas erradas feitas pela IA, entre outros problemas.
“Isso é uma deformação de como a obra foi concebida. A Televisa fez isso com inúmeros episódios. Perde-se informação, cria-se uma visão que não condiz com aquilo que foi criado pelo Chespirito, pelos diretores e editores”, reclamou o Fórum Chaves, em uma das mensagens. De modo geral, os fãs querem que os episódios de Chaves e Chapolin sejam exibidos com suas imagens originais.
Restauração com IA deve ser mantida
Apesar das críticas, o SBT deve continuar utilizando a IA na restauração das imagens dos clássicos seriados mexicanos. Em outubro passado, a emissora já havia se posicionado sobre o caso, afirmando que a tecnologia contribui para melhorar a qualidade das gravações.
Na ocasião, o canal comentou que as restaurações são feitas seguindo cuidados específicos para não alterar as características originais das gravações, ao mesmo tempo em que oferecem uma melhor resolução para a visualização em telas modernas. Vale lembrar que os programas foram gravados na década de 1970.
O SBT também afirmou que estava atento aos comentários do público para aprimorar o trabalho de restauração das imagens, mas ainda não se pronunciou a respeito das críticas mais recentes.
