O Bovino Pantaneiro é uma das joias da pecuária brasileira. Raquel Juliano, pesquisadora da Embrapa Pantanal, deu detalhes sobre essa raça que chegou à maior área alagável do mundo ainda na época do descobrimento do Brasil. Assista ao vídeo abaixo e confira essa história na íntegra.
Originário da Península Ibérica, o animal foi trazido por portugueses e espanhóis. Pesquisadores da Embrapa e de outras instituições estudam este gado há muitos anos, consolidando-o como um patrimônio genético nacional.
Adaptação e características da raça Bovino Pantaneiro
O Bovino Pantaneiro é uma raça taurina extremamente adaptada às condições específicas do Pantanal. Suas principais características são a adaptação e rusticidade, sendo capazes de suportar tanto as altas temperaturas que racham o solo quanto às enchentes que alagam vastas áreas do bioma.
“Este animal possui cascos densos e resistentes, ideais para as variações extremas de clima.”
Raquel Juliano
Além disso, são animais de dupla aptidão, produzindo carne e leite.
Contribuição histórica e conservação da raça
Raquel Juliano destacou que esses bovinos chegaram ao Pantanal durante a colonização, trazidos por espanhóis e portugueses, e inicialmente foram criados em condições naturais antes do estabelecimento da pecuária como atividade econômica no século 19.
Com a introdução do Nelore, houve uma miscigenação que reduziu drasticamente a população original do bovino pantaneiro, levando-o à beira da extinção.
A Embrapa, desde a década de 1980, trabalha em projetos de conservação para recuperar e preservar a raça.
População atual e desafios de conservação
Hoje em dia, estima-se que a população de Bovinos Pantaneiros esteja em torno de 2.700 a 3.000 animais.
“A variabilidade genética é fundamental para evitar a consanguinidade excessiva e manter a adaptabilidade da raça.”
Fonte:GiroBoi Raquel Juliano