Mas há um aspecto no qual o agro brasileiro não é tão “tech” quanto deveria: a conectividade. O País tem somente 30% da sua área agrícola com sinal de internet. Mato Grosso tem menos de 15% de sua área com cobertura móvel.
A falta de conectividade no meio rural prejudica o País ante a evolução tecnológica dos equipamentos e técnicas usadas na lavoura, e é sinônimo de menor produtividade e produção menos sustentável.
Vivemos uma nova revolução verde, atrelada à tecnologia digital. O avanço da “internet das coisas” (IoT), que integra disp
Avançar na conectividade do agro não se resume à infraestrutura de internet da zona rural, mas também investir no capital humano e capacitar o trabalhador e toda a população que participa daqueles circuitos econômicos. O maquinário mais moderno é inútil sem um operador alfabetizado digitalmente e sem constante treinamento. Conectividade no campo é também sinônimo de educação de qualidade.
Há ainda mais um motivo para o País melhorar seus índices de cobertura: deixar de investir nessa área significa aprofundar desigualdades e intensificar a crise climática. Nos seus Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, a ONU lista a “revolução digital para o desenvolvimento sustentável” como uma das seis transformações cruciais ao cumprimento das metas estabelecidas para 2030, incluindo as de combate à fome e promoção de uma agricultura mais verde.
Conectar o campo é tarefa imprescindível para que o Brasil concilie suas metas de desenvolvimento econômico com a proteção do meio ambiente e a valorização do agricultor familiar.
Fonte: Estadão