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Depois do Campão Cultural, Festival América do Sul também é cancelado

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Depois de uma série de respostas evasivas, o governo de Mato Grosso do Sul anunciou o cancelamento do Festival América do Sul, um dos eventos culturais mais aguardados do Estado. A decisão chega após o cancelamento do Campão Cultural, que também não será realizado em 2024. A notícia deixa muita gente frustrada, especialmente aqueles que esperavam ansiosamente pela programação e os profissionais do setor cultural.

Nas últimas semanas, o rumor sobre o cancelamento do festival circulava entre artistas e produtores culturais, especialmente após a Fundação de Cultura do Estado informar que o Campão Cultural ocorreria apenas em fevereiro de 2025. Agora, a confirmação do cancelamento do Festival América do Sul se torna uma realidade. E sua realização está revista somente para maio de 2025.

A Fundação justifica o cancelamento do evento pelos seguintes motivos: a mudança de data evita conflitos com outros grandes eventos e garante a qualidade e segurança do FAS; as equipes de bombeiros e brigadistas ainda estão em ação na prevenção de incêndios na região; o intenso calor em novembro, com temperaturas de até 45°C, pode prejudicar a saúde e a experiência dos participantes; e, por fim, o retorno ao calendário tradicional em maio fortalece a identidade do festival e permite melhor preparação para artistas e parceiros.

No ano passado, o festival foi lotado, como sempre. Com uma programação rica, o evento contou com apresentações musicais, teatrais, de circo, além de uma diversidade gastronômica e expressões artísticas que encantaram o público. Famosos como Amado Batista, Criolo, Neguinho da Beija-Flor e Frejat se apresentaram no evento, que há mais de 20 anos marca a história de Corumbá.

O cancelamento do festival, junto a outras questões burocráticas que têm irritado o setor cultural de Campo Grande, resultou na convocação de uma reunião nesta tarde de sexta-feira (25) entre o Fórum Estadual de Cultura, a Fundação Estadual de Cultura e a Setesc. O objetivo é discutir o panorama das pendências de projetos e a situação dos proponentes que ainda aguardam recursos, além de elaborar uma lista completa de suplentes que receberão verbas.

A frustração é evidente, principalmente considerando que, em fevereiro de 2024, a Secretaria Estadual de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc) havia anunciado mais de 100 ações e eventos previstos, com um investimento de R$ 176 milhões, incluindo o Fundo de Investimentos Culturais. Na ocasião, durante um evento no Rubens Gil de Camillo, o governo e representantes do setor cultural garantiram que os festivais anuais seriam mantidos.

 

Fonte:CGN

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