Boletim divulgado pelo governo de Mato Grosso do Sul indica que, mesmo após as chuvas do fim de semana, ainda existem três focos de incêndio, nesta quarta-feira (23), dia 204º da Operação Pantanal, na região Oeste do Estado.
As regiões com focos ativos são Parque Estadual Pantanal do Rio Negro, Passo do Lontra e Paiaguás.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologista (Inmet), 176 milímetros foram registrados, nesta sexta-feira (18) e sábado (19), na região pantaneira.
Embora irregular, a chuva amenizou a intensidade das queimadas e trouxe alívio no calorão, mas, foi insuficiente para cessar os focos de calor/incêndio.
Vale ressaltar que a precipitação ocorreu de maneira irregular, ou seja, choveu muito em alguns pontos e em outros não.
“Nos últimos dias ocorreram chuvas pontuais na região, mas, apesar de contribuírem momentaneamente, não foram suficientes para extinguir todos os focos de incêndio. Nesse cenário, as equipes continuam monitorando as áreas impactadas e as localidades onde se concentram as bases avançadas, mantendo a vigilância e o combate às chamas em andamento”, divulgou o governo de MS por meio de nota.
Atualmente, trabalham no combate aos incêndios 141 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul, 79 militares da Força Nacional de Segurança Pública e integrantes das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea), Polícia Militar (PMMS), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Polícia Federal (PF), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo).
Estão à disposição das equipes 47 veículos, entre aeronaves, caminhões, caminhonetes e embarcações.
Confira o que militares, brigadistas e voluntários fizeram em combate aos incêndios, nesta quarta-feira (23), dia 204º da Operação Pantanal:
FOCOS DE INCÊNDIO ATIVO |
O QUE MILITARES E BRIGADISTAS ESTÃO FAZENDO |
Parque Estadual Pantanal do Rio Negro – entre Miranda e Corumbá | As equipes de solo continuaram com o combate e o rescaldo, mantendo a situação sob controle. O Grupamento de Operações Aéreas (GOA) do CBMMS realizou sobrevoos de reconhecimento, mas não precisou intervir diretamente no combate. O monitoramento via satélite permanece contínuo, e as equipes de solo devem retornar nesta quarta-feira (23) ao local para finalizar os trabalhos e assegurar que o incêndio esteja completamente extinto. |
Passo do Lontra | Duas equipes formadas por militares do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) e da Força Nacional de Segurança Pública permanecem no local, realizaram o o monitoramento das áreas queimadas. Não foi necessária nova ação de combate, mas as guarnições seguem em alerta para garantir a segurança da população e evitar novos focos |
Paiaguás – próximo às Fazendas Triunfo e Bonsucesso, quase na divisa de MT | Sala de Situação do Sistema de Comando de Incidentes (SCI) segue monitorando continuamente a área. Ainda na microrregião do Paiaguás, às margens do rio Taquari, equipes de combate lotadas nas Bases Avançadas Dois de Maio e São Sebastião Grande seguem monitorando focos de incêndio que atingem a área. |
Desde o início da Operação Pantanal, em 2 de abril de 2024, 2.166 bombeiros militares foram mobilizados, 2.937 materiais foram utilizados e 178 viaturas foram empenhadas. Além disso, 825 ações de combate foram realizadas e 600 ações de prevenção foram executadas.
PANTANAL EM CHAMAS
Incêndios de grandes proporções atingem o Pantanal sul-mato-grossense desde 1º de junho de 2024.
As queimadas transformaram cenários verdes e cheios de vida em paisagens cinzentas e mortes. O fogo destrói matas, áreas verdes, vegetações, florestas, biodiversidade e espécies nativas (fauna e flora) do Pantanal.
Dados do Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais (Lasa), do departamento de meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apontam que 1.581.075 hectares foram consumidos pelo fogo, entre 1º de janeiro e 23 de outubro de 2024, área equivalente a 16,23% do bioma.
Portanto, isto significa que o incêndio no primeiro semestre de 2024 é pior do que o do mesmo período de 2020.
Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Polícia Militar Ambiental (PMA), Exército Brasileiro, Marinha do Brasil, Força Nacional, Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Homem Pantaneiro (IHP), SOS Pantanal e brigadas voluntárias tentam controlar o fogo no Pantanal Sul-mato-grossense.
Fonte:CE