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Simone nega trocar domicílio eleitoral e vai disputar eleições por MS em 2026

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Nas últimas semanas, voltou à tona um boato surgido no fim do primeiro turno das eleições presidenciais de 2022, quando a então senadora sul-mato-grossense Simone Tebet foi a candidata do MDB à Presidência da República e ficou em terceiro lugar, com 4,16% dos votos válidos (4.915.423).

À época, os bastidores políticos davam como certa de que a então parlamentar sul-mato-grossense trocaria o domicílio eleitoral de Mato Grosso do Sul para São Paulo, a fim de tentar alçar voos mais altos na carreira política.

Afinal, Simone obteve no estado vizinho 2.199.024 votos, ou seja, 6,34% de um total de 34.684.937 eleitores, enquanto em Mato Grosso do Sul ela conquistou 105.584 votos, isto é, 5,29% de um total de 1.995.932 votos.

No entanto, passados quase dois anos, a ex-senadora apoiou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o seu terceiro mandato como presidente da República, virou ministra de Planejamento e Orçamento do petista e não trocou o domicílio eleitoral para São Paulo.

Mesmo assim, o boato persiste. Contudo, assim como fez em 2022, ela voltou a negar tal possibilidade ao Correio do Estado e não sabe de onde partiu essa história de que “recomeçaria” a sua trajetória política no maior estado brasileiro.

“Eu não tenho o que falar, quer dizer, isso aí são rumores desde a época da eleição presidencial de 2022, como eu fui muito bem votada no estado de São Paulo, com quase 7% dos votos válidos, algo surpreendente em um País cuja política estava extremamente polarizada, o que deixou todo mundo surpreso”, recordou Simone.

Ela ressaltou que, em 2022, o boato era de que a mudança de domicílio eleitoral seria para disputar o cargo de prefeitura de São Paulo pelo MDB, algo improvável, afinal, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tinha acabo de assumir o cargo com o falecimento do então prefeito Bruno Covas (PSDB), em virtude de um câncer.

“Agora, muita gente me quer mudando o título para lá, e eu não sei o porquê. Acredito que deve ser alguém com um pouco de receio de eu ser candidata em 2026 em algum cargo aí em Mato Grosso do Sul. Enfim, pode ser que seja isso, mas, para ser bem sincera, não faço a menor ideia porque surgiu essa conversa de novo”, argumentou.

CANDIDATA

Questionada pela reportagem se há a possibilidade de ela sair candidata a algum cargo eletivo no pleito de 2026 por Mato Grosso do Sul, Simone garantiu que não sairá candidata à Câmara dos Deputados.

“Porém, posso adiantar ainda que vou apoiar à reeleição do presidente Lula e também à reeleição do governador [Eduardo] Riedel [PSDB]”, garantiu.

Por eliminação, a ministra de Planejamento e Orçamento só poderá sair candidata ao Senado, quando duas vagas serão colocadas em disputa.

Entretanto, em maio do ano passado, durante reunião na casa dela, o MDB e o PSDB fecharam um acordo para caminharem juntos em 2026.

Dessa forma, as duas vagas para o Senado podem ser disputadas com uma dobradinha entre Simone Tebet e o ex-governador Reinaldo Azambuja, o que provocaria uma grande mudança nesse tabuleiro político, uma vez que o tucano é cobiçado pelo atual senador Nelsinho Trad (PSD) e pelo deputado federal Vander Loubet (PT).

Outro entrave é que Simone é pró-Lula, enquanto Azambuja foi o responsável pela aliança do PSDB e do PL – sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro – em Mato Grosso do Sul. Além disso, ambos teriam até combinado de o ex-governador deixar o ninho tucano para se filiar ao PL, algo que colocaria Simone e Azambuja em lados opostos.

Há ainda uma articulação nacional para que o MDB e o PSDB façam uma fusão ou até mesmo uma federação partidária para 2026, o que também pode inviabilizar essa dobradinha.

“Não dá para antecipar nada ainda. Vamos aguardar os resultados das eleições municipais no Estado”, concluiu a ministra.

Fonte:CE

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