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Com onda de calor e bandeira vermelha, conta de energia vai pesar no bolso nos próximos meses

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A previsão do tempo para setembro e outubro de 2024 é de que Mato Grosso do Sul esteja no epicentro de uma onda extrema de calor e baixa umidade do ar. Novos recordes de temperatura podem ser alcançados já na primeira quinzena de setembro e claro que de energia também. Com isso, é bom preparar o bolso para a conta de energia.

O calor influencia diretamente no consumo de energia dos equipamentos, além do aumento da demanda de condicionadores de ar e ventiladores, por exemplo. E, nesse cenário, 2024 é preocupante devido às temperaturas acima da média diariamente. A Energisa espera recordes ainda maiores de consumo no último trimestre do ano, maiores do que já ocorrem anualmente.

Além disso, começou a valer em 1° de setembro a taxação da bandeira vermelha após dois anos de bandeira verde. A mudança sinaliza maiores custos para a geração de energia elétrica, com um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos.

A mudança de bandeira está ligada a falta de chuva, alinhada com as altas temperaturas, o que acaba motivando o acionamento de usinas térmicas. “Os fatores que fizeram acionar a bandeira vermelha foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do PLD (Preço de Liquidação de Diferenças)”, destacou a Aneel.

Novo sistema quer evitar apagões

De setembro a dezembro de 2023, Mato Grosso do Sul vivenciou vários “apagões” de energia devido à sobrecarga na rede. Para evitar que o problema se repita, a Energisa iniciou a implantação de um sistema Automatizado de distribuição de energia elétrica.

O investimento é de R$ 125 milhões e será concluído em Mato Grosso do Sul em 2026. Esse sistema integra várias funções em uma única plataforma, como o monitoramento de equipamentos, a previsão de demandas futuras de energia, a análise de dados em tempo real, e uma ferramenta de auto reparo de falhas técnicas.

Mato Grosso do Sul é o primeiro estado a receber a tecnologia entre todos os estados atendidos pela Energisa no Brasil e a tecnologia vai permitir correções com resposta mais rápida, assim como a identificação dos problemas.

Incêndios são desafio para a rede de energia

Na área rural de Mato Grosso do Sul, principalmente no Pantanal, a empresa explica que mantém ‘faixas de servidão’ para evitar que incêndios florestais cheguem até a rede de energia.

“Elas são mantidas pela companhia como plano de contingência para controle do fornecimento de energia e prevenção às queimadas em incêndios”, explica Marcelo Santana, coordenador do centro de operação integrada da Energisa.

Para evitar danos, as torres precisam ser de estruturas diferenciadas para resistirem ao fogo e ao vento. No ano passado teve a ocorrência de vento de 140km/h no interior de MS, que resultou na queda de uma torre de energia, que ainda não foi reposta.

 

Fonte:MM

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