Alguns bancos e empresas de tecnologia apresentam instabilidade nesta sexta-feira (19), após apagão cibernético afetar vários lugares ao redor do mundo. A Microsoft emitiu um comunicado informando que computadores ao redor do mundo foram impactados por uma falha no sistema da CrowdStrike, empresa global de segurança cibernética.
O site Downdetector, que acusa problemas em canais digitais, apontava reclamações em pelo menos quatro instituições financeiras: Banco Pan, Bradesco, Neon e Next. Vários clientes também reclamavam nas redes, alertando que os aplicativos estavam fora do ar e relatando problemas para fazer login e pagamentos.
Ao acessar os aplicativos bancários, por exemplo, a página do Bradesco aponta a falha e o Next não carrega. Por enquanto, o problema está restrito aos quatro bancos e os fintechs brasileiros (empresa de tecnologia). As empresas ainda não responderam se a instabilidade tem relação com o apagão.
A Latam emitiu nota pedindo que os passageiros fiquem atentos às informações dos voos por conta do apagão cibernético.
A Crowdstrike gravou uma mensagem telefônica dizendo estar ciente das falhas no sistema operacional. Qualquer cliente que ligar para a companhia nesta manhã, segundo a Reuters, ouvirá: “obrigado por entrar em contato com o suporte da Crowdstrike. Nós estamos cientes dos relatos de falhas”.
CEO da CrowdStrike, Kurtz, confirma que a interrupção não foi um “incidente de segurança ou ataque cibernético”.
O problema técnico acontece principalmente a ferramenta de segurança da companhia chamada Falcon, usada para detectar e monitorar possíveis invasões (ações hackers).
Ao redor do mundo, o impacto já é maior: As principais companhias aéreas dos EUA interromperam voos. O maior operador ferroviário do Reino Unido anunciou que foi afetado por problemas informáticos “de grande escala”, que podem causar cancelamentos de última hora. O aeroporto internacional de Berlim suspendeu seus voos devido a um “problema técnico”, indicou uma porta-voz do aeródromo alemão à AFP.
Na Austrália, empresas de mídia, bancos e telecomunicações sofreram interrupções, que o governo disse parecer estar ligada a um problema na empresa global de cibersegurança Crowdstrike.
(Com informações do G1 e Folha de S. Paulo)