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Após dois anos do último aumento, gás de cozinha pode chegar a R$ 138 em MS

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A Petrobras informou ontem, que a partir de hoje (9) haverá um aumento de 9,81% no gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, acompanhando pelo reajuste de R$ 0,20 (7,12%), no preço do litro da gasolina.

Com último incremento realizado em março de 2022, o ajuste eleva em R$ 3,10 o preço do botijão de gás em Mato Grosso do Sul, que pode chegar a R$ 138,60, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Conforme nota emitida pela Petrobras, o preço de comercialização do botijão com 13 quilos na petrolífera passará de R$ 31,61 para R$ 34,70. O último ajuste no preço do gás de botijão havia sido feito em 1º de julho de 2023, quando houve queda (-3,9%). O último aumento, de 24,9%, havia sido feito em 11 de março de 2022.

De acordo com dados da ANP, o maior valor encontrado para o produto em Mato Grosso do Sul, na última semana de junho (23/6 a 29/6) deste ano foi de R$135,50. Com reajuste de R$ 3,10, consumidores podem ter que pagar quase R$ 140 por um botijão. O menor preço no mesmo período foi de R$ 89,00.

O mestre em Economia Lucas Mikael, explica que o impacto será direto no orçamento doméstico.

“O aumento no preço do GLP afeta especialmente as famílias de baixa renda, que dependem desse combustível para cozinhar. O gás de cozinha é um item essencial na maioria dos lares brasileiros, e qualquer aumento no seu preço tem um impacto imediato no custo de vida das pessoas”.

Ainda segundo o economista  os aumentos nos preços dos combustíveis podem gerar um efeito cascata, aumentando os custos de produção e, consequentemente, os preços de outros produtos e serviços.

“Isso pode levar a um aumento inflacionário, dificultando o controle da inflação pelo governo e aumentando o custo de vida da população em geral”, analisa Mikael.

Os dados da pesquisa da ANP não foram atualizados na última semana.

“Em virtude do corte orçamentário, do déficit de servidores na ANP, da paralisação nacional dos servidores das 11 agências reguladoras federais ocorrido na quinta-feira, 4 de julho, e da auditoria nos dados da pesquisa, não será possível divulgar os dados do levantamento de preços de combustíveis automotivos e de GLP na data de hoje, 5 de julho”, explicou em nota.

PREÇOS

Ainda segundo a pesquisa semanal da agência nacional o preço médio do gás de cozinha teve variação mínima ao longo dos últimos 12 meses em Mato Grosso do Sul. Entre 25 de junho e 1º de julho de 2023, o GLP custava, em média, R$ 106,73, enquanto na semana de 26 a 29 de junho deste ano, o preço médio adotado foi de R$ 107,01, ou seja, um aumento irrisório de 0,26%.

O levantamento da ANP mostra ainda que nos primeiros seis meses desse ano o preço para o gás de cozinha se manteve estável no Estado, com pouca alteração ao longo dos meses. Na semana entre 8 de janeiro o preço médio para o botijão era de R$ 108,02, maior valor praticado em seis meses.

De março até junho o valor se manteve na casa dos R$ 107, oscilando apenas centavos. O preço médio para o botijão, segundo levantamento na última semana do mês passado foi de R$ 107,01.

Em Campo Grande, uma pesquisa realizada pela equipe, considerando os valores praticados em diferentes distribuidoras de localidades variadas encontrou o preço médio de R$ 117,50. O menor valor foi de R$ 110, enquanto o maior foi cotado a R$ 125.

GASOLINA

A gasolina, principal combustível utilizado em Mato Grosso do Sul e em todo o País também sofreu um aumento que segundo o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos (Sinpetro-MS), Edson Lazarotto passa a vigorar já a partir de hoje.

“Esse novo reajuste deve impactar em torno de R$ 0,20 centavos o litro da gasolina em Mato Grosso do Sul”, informou Lazarotto, frisando que o último reajuste realizado pela refinaria foi em 16 de agosto do ano passado.

Posteriormente em 21 de outubro de 2023 houve redução de 4%. Já a última elevação de preços foi de 16%.

De acordo com nota divulgada pela Petrobras preço médio do litro gasolina nas refinarias da estatal subirá de R$ 2,81 por litro, para R$ 3,01 (R$0,20).

Conforme a pesquisa semanal da ANP, na última semana de junho a gasolina comum teve o custo médio de R$ 5,66, no Estado, sendo o mínimo R$ 5,29 e o máximo R$ 6,89. Com o aumento anunciado neste início de semana, o litro do combustível pode variar de R$ 5,49 a R$ 7,09.

“O aumento tem um impacto direto nos consumidores, principalmente para aqueles que dependem de veículos automotivos para o transporte diário. Além do impacto imediato no custo do combustível, aumentos na gasolina podem influenciar os preços de transporte público e de mercadorias, afetando indiretamente o custo de vida”, avalia o mestre em economia, Lucas Mikael.

O economista ainda acrescenta que aumentos nos preços dos combustíveis têm potencial para gerar pressões inflacionárias.

“Isso ocorre porque os custos de transporte de mercadorias aumentam, o que pode levar a um aumento nos preços de outros produtos e serviços. Os setores que dependem fortemente do transporte rodoviário, como distribuição de alimentos e outros bens essenciais, são particularmente sensíveis a aumentos nos preços dos combustíveis”, detalha Mikael.

Conforme divulgado pela reportagem na semana passada, o combustível fóssil já apresentou aumento no primeiro semestre do ano, saindo do custo médio de R$ 5,33 na primeira semana de janeiro para R$ 5,66, na última de junho de 2024, quando foi identificado elevação de 6,18%, ou acréscimo de R$ 0,33 em cada litro da gasolina comum.

 

Fonte:CE

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