Imagens registradas por um drone mostram mais um cenário devastador causado pelo fogo que tem destruído o Pantanal. Uma ponte de madeira, que fica na MS-228, região da Estrada Parque Pantanal, em Corumbá (MS), desapareceu após ser atingida pelos incêndios na região.
Os registros foram capturados, respectivamente, em abril de 2023 e junho de 2024, pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP). Na primeira imagem é possível ver a ponte intacta e a vastidão da flora do bioma ao redor. Já em junho de 2024, o cenário é completamente diferente, já sem a estrutura de madeira, que foi totalmente consumida pelas chamas. Veja comparações abaixo.
Para reportagem, o biólogo do IHP, Wener Hugo Moreno, esclarece que a ponte do Rio Negro é registrada com frequência para representar os ciclos do bioma na região. Pelas imagens, é possível ver que a vegetação que era verde ficou cinza devido às queimadas.
“Com as imagens da ponte, temos o intuito de realizar registros ao longo do tempo para observar os ciclos do Pantanal naquela região. A ponte representa um local importante em termos de registro e de estudo, que a gente tinha como princípio que sempre estaria ali. Agora em 2024 ela deixou de existir”.
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Mais de 700 mil hectares foram consumidos pelo fogo neste ano no bioma, que abrange os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, conforme dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ (LASA). A área destruída é seis vezes maior que a cidade do Rio de Janeiro. O 1º semestre de 2024 é o pior de toda série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Na semana passada, o estado de Mato Grosso do Sul decretou estado de emergência nas cidades atingidas pelos incêndios.
Segundo o IHP, a ponte, que fica localizada na região da Nhecolândia, é um ponto de referência para o monitoramento do programa Cabeceiras do Pantanal, mantido pelo Instituto Homem Pantaneiro. O projeto tem como objetivo promover a conservação, preservação e gestão sustentável das áreas de nascentes e Áreas de Preservação Permanente (APPs) do planalto da Bacia do Alto Paraguai.
Fonte:G1ms