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Submarino e Shoptime anunciam fechamento dos respectivos comércios eletrônicos

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Os sites Submarino e Shoptime, que já foram líderes do comércio eletrônico no início dos anos 2000, serão encerrados. O anúncio foi feito nesta terça-feira (2) pela Americanas, que está em recuperação judicial e faz parte do grupo.

Conforme comunicado, a base de clientes e o estoque de produtos do Submarino e da Shoptime serão serão incorporados ao site da Americanas.

“Americanas informa que a integração dos sites e apps do Shoptime e do Submarino tem como objetivo fortalecer o digital da companhia a partir da marca Americanas. A decisão contemplou o alinhamento com a nova estratégia de negócios, que foca em uma operação mais ágil, rentável e eficiente para oferecer uma experiência de compra ainda mais completa”, informou a empresa, em comunicado.

Desde que vieram à tona as fraudes contábeis de R$ 25,2 bilhões nos balanços da companhia, a empresa entrou em recuperação judicial com dívidas de mais de R$ 42 bilhões.

“É com a animação lá em cima que, após anos de sucesso no Brasil, o Submarino anuncia que somará suas forças com a Americanas para tornar a sua jornada de compra em livros, games, tecnologia e mais categorias hardcore ainda mais incrível!”, diz mensagem no site do Submarino.

“Submarino e Shoptime foram marcas muito importantes na história do comércio eletrônico no Brasil e, no caso do Shoptime, também na história da venda direta”, diz o consultor Alberto Serrentino, sócio da Varese Retail. “O Submarino foi, por sinal, o grande rival da Americanas na primeira metade dos anos 2000.”

O Submarino surgiu em 1999, a partir da associação entre os empresários Antônio Bonchristiano, Marcelo Ballona e Flávio Jansen, que compraram uma das primeiras e maiores livrarias virtuais da época, a Booknet, que já tinha 50 mil clientes cadastrados.

O fundo GP Investimentos apoiou a criação da empresa, que também lançou operações na Argentina, México e Espanha. No início, eram livros, CDs e brinquedos. Em dezembro de 2006, anunciou a fusão com a Americanas.com, criando a líder no segmento de vendas on-line no mercado brasileiro. As empresas estavam sob a gestão da B2W, companhia que concentrou os ativos digitais do grupo Americanas e foi comandada por Anna Christina Saicali, a executiva envolvida na fraude contábil.

Já o Shoptime nasceu em 1995, inspirado no canal americano Home Shopping Network, com a proposta de unir venda de produtos a entretenimento. A dona era a antiga operadora Globosat, que pertenceu à Globo. No começo, vendia seus produtos só pela televisão, por meio de um catálogo.

Em 1997, ingressou no comércio eletrônico, com a oferta de produtos de cuidados pessoais, utilidades domésticas, cama, mesa e banho, informática, lazer, jogos e eletrônicos. Foi comprado pela Americanas em agosto de 2005 e, assim como o Submarino, passou a integrar a B2W.

A Americanas segue em crise. O último balanço divulgado da companhia, referente aos nove primeiros meses de 2023, apontam prejuízo de R$ 4,6 bilhões no período.

* Com Folhapress- CE

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