Na última semana, uma produção sul-mato-grossense ganhou espaço no catálogo da Prime Video. Com 13 episódios, a série “Mitos Vivos” conta a história de cada mito do folclore brasileiro e os relaciona aos costumes da região em que estão inseridos.
“É uma série que viaja o Brasil em busca de histórias sobre mitos e do folclore brasileiro. E no final a gente convida um artista para dar vida ao mito. Então a gente tem artistas do teatro, tem artistas de artes visuais, tem da literatura”, explica o diretor, Fábio Flecha.
A série percorreu 12 cidades em cinco regiões do Brasil. Confira os mitos de cada uma:
- Boto – Belém, PA
- Alamoa – Fernando de Noronha, PE
- Lobisomem – Joanópolis, SP
- Saci Pantaneiro – Corumbá, MS
- Mula Sem Cabeça – Barão de Cocais, MG
- Salamanca do Jarau – Quaraí, RS
- Cabloco D’água – Mariana, MG
- Negrinho do Pastoreio – Alegrete, RS
- Corpo Seco – São Luiz do Paraitinga, SP
- Comadre Fulozinha – Caruaru, PE
- Pai do Mato – Miranda, MS
- Matinta Perera – Ananindeua, PA
Além desses 12, há um episódio de encerramento, que mostra os melhores momentos das gravações.
A Produção
“O apresentador, Gabriel Sater, foi sempre um parceiro desde o começo. Ele gosta muito da temática de folclore, mitologia e cultura popular brasileira”, relata Fábio Flecha.
Segundo o diretor, o processo de produção aconteceu entre 2019 e 2022 e contou com o apoio do edital TV’s públicas do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).
O FSA é um fundo destinado ao desenvolvimento articulado de toda a cadeia produtiva da atividade audiovisual no Brasil. Criado em 2006, o fundo promove o fomento à indústria cinematográfica e audiovisual no país.
Produções nacionais no Streaming
De acordo com dados do Panorama do Mercado de Vídeo por Demanda no Brasil 2023, lançado em janeiro, menos de 10% dos conteúdos disponíveis nas 62 plataformas de streaming presentes no Brasil são nacionais.
Para reverter esse cenário estão sendo tomadas uma série de medidas para fomentar a produção audiovisual nacional.
Recentemente, o Ministério da Cultura anunciou a criação de um streaming estatal. A proposta prevê a gratuidade do serviço, que pretende dar espaço às de produções audiovisuais brasileiras e garantir maior acesso às produções do país para os cidadãos.
Além disso, em abril foi aprovada pelo Senado Federal a proposta de instituir cotas para produções brasileiras nos streamings. O projeto de lei, que ainda deve passar pela Câmara dos Deputados, é válido para plataformas com faturamento bruto anual superior a R$ 96 milhões, que serão fiscalizadas pela Ancine.
A cota será definida conforme a quantidade de obras disponíveis no catálogo da plataforma e metade das produções brasileiras ofertadas devem ser de produtoras nacionais independentes.
Fonte:CE