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Mãe resgatada de cárcere nega venda de bebê

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A mulher resgatada pela polícia após ser mantida em cárcere com a filha recém-nascida, em Antônio João, negou que veio ao Brasil para entregar a bebê. O caso é apenas um diante de diversas denúncias que chegam às autoridades sobre crianças paraguaias sendo trazidas ilegalmente ao território brasileiro, através de Mato Grosso do Sul, por conta de fácil acesso na fronteira. A Polícia Civil investiga tráfico de crianças.

Segundo Maria Gabriela Vanoni, titular da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Fátima do Sul, o resgate da mãe, de 25 anos, e da bebê, de 11 dias, aconteceu no âmbito da Operação Protetor, após denúncia de uma vereadora da cidade, na quarta-feira (29).

A paraguaia veio ao Brasil para dar a luz e prometeu entregar o bebê a autora. “Contudo, após o nascimento da criança, a mãe manifestou que não tinha mais interesse em entregar-lhe a criança”, diz nota da Polícia Civil.

Em depoimento, a jovem relatou que não veio ao Brasil com a intenção de entregar a filha. “Ela negou que entregaria a criança. Mas, o Conselho Tutelar e as lideranças da aldeia afirmaram que ela iria entregar a criança a essa senhora. Contudo, não sabiam informar se havia entrega de recompensa”, diz Vanoni.

Após o nascimento da filha, a paraguaia desistiu. Foi então que a autora impediu a mulher de ir embora com a bebê, exigindo a quantia de R$ 1 mil ou mediante a entrega da criança. “A mãe não tinha condições de efetuar pagamento e por temer pela sua vida e da sua bebê diante das ameaças, não conseguiu retornar para seu país”, descreve nota da polícia.

Após a denúncia, os investigadores foram ao local e conseguiram contato com a mãe. “O Conselho Tutelar entrou em contato com o Consulado Paraguaio para abrigar a mãe e a criança no Paraguai, e, em seguida, a equipe da Policia Civil acompanhou e efetuou a entrega de mãe e filha para as autoridades paraguaias”.

A autora foi presa em flagrante por cárcere privado e ainda passará por audiência de custódia.

Antônio João faz fronteira com Cerro Corá, no Paraguai. Segundo a polícia, são diversas denúncias de casos parecidos com esse, pelo fácil acesso entre os países, e o tráfico de crianças será investigado.

“O tráfico de crianças envolve aliciamento, agenciamento de crianças com várias finalidades dentre elas a adoção ilegal. A polícia civil investiga sim. Caso haja a transnacionalidade é também possível que a Polícia Federal investigue”.

 

Fonte:CGN

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