Ele foi visto de novo. O veado campeiro albino que vive no Pantanal foi avistado recentemente em um safari no Refúgio Caiman, em Miranda. O animal é considerado raríssimo por ter um defeito genético na fabricação de melanina e apesar de toda as adversidades que o albinismo o deixa suscetível, ele tem se mostrado resiliente, e porque não, um milagre da natureza.
O flagra foi feito pelo biólogo e guia de safari, Bruno Sartori Reis. “Cada vez que vejo essa entidade da natureza, eu abro um sorriso diferente, agora tudo indica que ele já está caminhando sozinho, sem a mãe, pelos campos aqui do Pantanal. Já podemos ver a primeira galhada apontando e aos poucos vai crescendo”, descreveu emocionado.
As imagens comprovam que o indivíduo está amadurecendo e pronto para iniciar uma nova fase da vida. A explicação é do biólogo e fotógrafo de vida selvagem, Luiz Mendes. “Essa espécie tem dimorfismo sexual com galhada nos machos. Quando estão na fase de subadultos conseguem desenvolver galhada e está se preparando para um próximo ciclo reprodutivo. Ele está amadurecendo”, acrescentou.
O fato de estar sem a mãe também comprova que esse cervo albino está entrando na fase adulta. “A função principal da mãe é ensinar o filho a conseguir sucesso reprodutivo, que ele consiga se alimentar sozinho e buscar um habitat seguro. Ela cumpriu esse cuidado parental e ele está pronto para um novo ciclo”, completou Luiz.
Mas e os filhotes serão albinos? O biólogo acrescenta que embora o albinismo seja um fator hereditário, é recessivo. “Precisa que tanto macho, quanto fêmea, tenham o gene e que o filhote herde esse gene com mutação para que o albinismo se apresente”.
Albinismo – Animais albinos são raros e podem acontecer em qualquer espécie devido a uma mutação genética que impede a produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele. No caso dos animais silvestres, esta é uma condição que os coloca em situação de grande vulnerabilidade, visto que impede que eles se camuflem na mata para despistar predadores e fugir deles. O bicho fica ainda mais em evidência, então, dificilmente vive muitos anos.
Fonte:CGN
