Se não tivesse imagens de câmeras de segurança, muita gente iria dizer que era absurdo e não teria acontecido e que isto não acontece ‘com a gente’. Mas, foi bem perto, aqui em Campo Grande, onde um caso de racismo violento foi cometido por um dito ‘Pai’. O homem de 31 anos, já em crime ao invadir uma escola pública infantil, absurdamente, bateu em uma criança negra de apenas quatro anos, que abraçou seu filho. O ‘homem’ também agrediu a diretora do estabelecimento.
O/s crime/s foi registrado na manhã desta segunda-feira (11), na Escola Municipal Professora Iracema de Souza Mendonça, no Bairro Universitário, região Sul da Capital. Inicialmente o ‘homem’ tentou invadir a escola, e só conseguiu após agredir a diretora. em seguida ele foi até a criança de quatro anos, e deferiu agressões físicas e verbal. E também retirou o filho do local, que já teria ‘ordem’ para bater na garotinha, por ela ser negra e pegar nele.
Conforme registro no boletim de ocorrência (B.O), o autor queria entrar na escola, porém estava sendo impedido pela diretora. E tudo teria iniciado na entrada da escola, onde oq eu deveria ser uma cena de carinho com um coleguinha virou violência registrada em vídeo pelo circuito de segurança da escola municipal.
A diretora relatou no B.O, que disse ao homem que ele não podia ter acesso ao pátio escolar, pois as crianças já entrariam na sala de aula, fato que o desagradou. Porém, ele insistiu em entrar na escola, para afastar a menina do seu filho, que também tem quatro anos. Diante da negativa da diretora, ele a segurou com força no braço esquerdo, desprendendo o braço dela da grade e a empurrou para trás.
Agressão a crianças
O fato violento, em crimes, continuou sendo praticado pelo ‘pai’, após ele ‘vencer’ a diretora. Ele foi onde estava o filho, empurrou a criança vitima, falou algo, apontou o dedo para a criança e saiu da escola com o filho. Posteriormente, ele retornou à escola com o filho e entraram na sala da diretora. Segundo o registro policial, o pai dizia diversas vezes para o filho bater na coleguinha, caso ela se aproximasse dele.
Imagens mostram o autor chegando, pouco depois da menina dar um abraço no garoto. A GCM (Guarda Civil Metropolitana) foi acionada e o caso registrado na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).
Na cena, a menina negra de 4 anos chega para começar o dia “feliz da vida”, puxando a mochila de rodinhas. Ao entrar na fila da entrada, ela abraça o amigo que está na frente e segue comportada à espera do sinal de entrada. Até que, de repente, o pai do garotinho invade o pátio, empurra a menina pelas costas, aponta o dedo para o rosto dela e grita. Em seguida, tira o filho do local e vai embora.
A advogada Lione Balta Cardozo, da família da garotinha, apontou que se trata de crimes de racismo, violência física e verbal contra criança e a diretora, bem como desrespeito a todo o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente). “É uma criança de 20 quilos, que acabou de entrar na escola. Nem que ela e o menino estivessem brigando, um pai não teria o direito de reagir assim. A menina é doce, carinhosa, educada. Não há justificativa para tamanha violência. Essa menina vai ficar marcada para sempre”, disse.
Provas robustas
A advogada apontou que a provas suficientes, robustas em filmagens e depoimentos claros das vitimas para a acusação de todo o momento dos absurdos acontecimentos contra esta criança, bem como as demais presentes na escola.
“Minha cliente me ligou no meio da manhã, informando que a filha de 4 anos foi agredida pelo pai de um colega de classe. Estamos com as filmagens. As crianças estavam formando a fila no início do horário de aula, antes de entrar para sala. A menina deu um rápido abraço no coleguinha, o pai que estava do lado de fora viu e invadiu a escola….” ….
“A diretora estava no portão recepcionando as crianças, ele empurrou ela, machucou o braço dela e invadiu a escola. Empurrou a menina e ofendeu, e tirou o menino de lá”, relatou a advogada Lione Balta.
“Ela estava na delegacia de chupeta e de paninho, muito assustada. Viu ele passando e rapidamente relatou pra mãe: ‘Mamãe, esse moço brigou comigo hoje’”, concluiu a defensora.
Fonte:EFMS