Apesar do alerta epidemiológico de circulação e aumento de mosquitos no país, Mato Grosso do Sul está entre os estados com menor índice de casos de dengue durante as primeiras duas semanas de janeiro. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses (doenças virais transmitidas por mosquitos), baseado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
O estado ocupa a 11º posição no ranking absoluto, quando comparado a primeira quinzena de 2023. Ao todo, a variação é de -696 casos entre um ano e outro. Em relação à porcentagem são -60% a menos que no ano anterior.
Conforme o Sinan, Mato Grosso do Sul teve 1.555 em 2023 e 459 em 2024 nas duas primeiras semanas.
Kleber Luz, coordenador do Comitê de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e integrante do grupo técnico da Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que os casos de dengue têm maior incidência em janeiro. Entretanto, o número observado no país em 2024 assusta o pesquisador.
“Geralmente, temos casos em janeiro, mas nunca tantos. Março é o pico, e em junho começa a cair. Agora precisamos nos preocupar com a dengue o ano inteiro”.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou o último boletim epidemiológico, datado de 16 de janeiro. O documento mostra que o Estado registrou 492 casos prováveis até 13 de janeiro, 43 foram confirmados. A secretaria não recebeu nenhum notificação de óbito. Em 2023 foram 41.046 casos confirmados durante todo o ano e 42 mortes.
Reforço – Mato Grosso do Sul vai destinar R$ 4 milhões para os municípios para combater o mosquito que transmite a dengue. Os detalhes com os valores para cada uma das 79 cidades está na edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (18).
O incentivo financeiro será repassado em parcela única após o município encaminhar o termo de adesão ao governo estadual. Os gestores terão até 31 de agosto de 2024, após o recebimento da parcela única, para executar o incentivo financeiro.
Brasil – Oito estados e o Distrito Federal iniciaram o ano com aumento expressivo nos casos de dengue, o índice é de 100% ou mais em comparação ao mesmo período do ano passado.
Os números são mais expressivos no Sul do país, onde foram contabilizados 10.961 diagnósticos nas duas primeiras semanas deste ano, se somado os registros no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O salto é de 958% em relação ao mesmo período de 2023, quando haviam sido infectadas 1.036 pessoas nas regiões.
Na diferença absoluta, Minas Gerais, Paraná e Distrito federal dominam o topo da lista de casos absolutos quando comparado os primeiros 15 dias de 2023 e 2024. Já a lista de percentual, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Roraima estão nas três primeiras colocações consecutivamente.
*Fonte:IDEST
