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Produção de MS em grãos, algodão e cana é recorde em 2023

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A safra sul-mato-grossense de cereais, leguminosas e oleaginosas, em 2023, registrou uma produção de 28,4 milhões de toneladas em uma área de 6,5 milhões de hectares. O prognóstico para 2024 é de queda. A previsão é de 26,7 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 6,0%, ou 1,7 milhão de toneladas de grãos, de acordo com o 3º prognóstico do LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola), divulgado nesta quarta-feira (10) pelo IBGE.

Essa diminuição na produção do Estado segue na mesma tendência do prognóstico da safra brasileira, que em 2024 deve somar 306,5 milhões de toneladas, com queda de 2,8% frente a 2023 (8,9 milhões de toneladas).

Soja liderou em 2023

A área colhida de soja no Estado foi de 3.884.468 ha, 6,3% a mais que em 2022 (3.652.739 ha). A produção da soja em Mato Grosso em 2023 foi de 14.193.250 toneladas, um novo recorde da série histórica do IBGE, com aumento de 66,2% (5,6 milhões de toneladas) frente a 2022. Com este valor, Mato Grosso do Sul tem a quarta maior produção de soja do país, sendo responsável por 9,3% do total. Mato Grosso continua com a maior produção nacional, com 4,46 milhões de toneladas (29,2% do total).

A soja responde por 50% de todo o volume produzido pela agricultura  em MS.

A estimativa para este ciclo atual da soja é que a safra seja 6,5% maior em relação ao ciclo passado (2022/2023), atingindo a área de 4,265 milhões de hectares. A produtividade estimada é de 54 sc/ha, o que gera a expectativa de produção de 13,8 milhões de toneladas.

Por más condições climáticas, Mato Grosso do Sul teve de replantar cerca de 107 mil hectares de soja. (Foto/Divulgação/Semadesc)
Atraso da soja X plantio do milho

A área plantada na safra 2023/2024 foi concluída após 14 semanas, quando comparada ao ciclo anterior, houve um acréscimo de 3 semanas. No entanto, o replantio continuou no Estado, causado pelas más condições climáticas, que registrou um repasse em 2,51% da área estimada, totalizando cerca de 107 mil hectares. A maior parte do replantio ocorreu na região oeste, com aproximadamente 47.546,35 hectares replantados. Isso foi seguido pelas regiões centro (25.107,10 hectares), nordeste (20.574,33 hectares), norte (11.427,00 hectares) e sul (2.539,46 hectares).

Segundo boletim do Projeto Siga-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio), o atraso no plantio da soja reduzirá a janela de plantio do milho da 2ª safra de 2024, possibilitando a redução da área de milho.

O prazo para o plantio da soja foi prorrogado e termina neste sábado, 13. Os agricultores terão até o dia 31 para declarar as áreas plantadas para a Iagro-MS (Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal).

Milho

A safra sul-mato-grossense de milho em 2024 deve somar 12,5 milhões de toneladas, uma queda de 5,8% em relação a 2023, com 950 mil de toneladas a menos. Separando por safra, o IBGE afirma que o milho 1ª safra poderá ter um decréscimo de 3,0% na produção e o milho 2ª safra terá queda de 7,1%. Em relação a área plantada, é previsto uma queda de 0,97% para o milho 1ª safra e estabilidade para o milho 2ª safra.

Entre as unidades da federação, Mato Grosso do Sul ocupa a décima quarta posição quando é levado em consideração o milho 1ª safra (173.456 toneladas). As maiores produções são a do Rio Grande do Sul, com 5,9 milhões de toneladas, Minas Gerais, com 4,5 milhões de toneladas e o Paraná, com 3,0 milhões de toneladas. Para o milho 2ª safra, Mato Grosso do Sul salta para a terceira posição (12,3 milhões de toneladas), atrás somente do Mato Grosso, com 38,9 milhões de toneladas, e do Paraná, com 14,0 milhões de toneladas.

 

Fonte:CGN

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