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Dia da Onça-Pintada: desafios da conservação em um planeta em colapso

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Nesta quarta-feira (29) é comemorado o Dia Nacional da Onça-Pintada. A data oficializada pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente) desde 2018 busca unir esforços e promover ações sobre a importância ecológica da espécie símbolo da conservação da biodiversidade brasileira.

Topo da cadeia alimentar, o maior felino das Américas vive um momento de incertezas. Extinta no Pampa e com risco de extinção na Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado, a rainha da floresta tem conseguido encontrar na Amazônia e no Pantanal maior segurança alimentar.

No entanto, as ameaças persistem, incluindo caça e atropelamentos. Conforme o coordenador do programa Felinos Pantaneiros do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), o médico veterinário Diego Viena, é preciso ser otimista, mas realista, diante das ameaças contínuas.

Onça-pintada deitada em barranco do Rio Paraguai, no Pantanal (Foto: Wener Hugo Moreno)

“Com as mudanças climáticas, a conscientização global ganha relevância, e as pessoas estão se mobilizando para a conservação”. No entanto, as consequências do aquecimento global também impactam diretamente no ecossistema, como queimadas, perda de habitat, perda de alimentos, entre tantos outros fatores.

Por isso, Diego chama a atenção para a responsabilidade individual na redução dos problemas que levam ao colapso da Terra. “A ciência tem todas as ferramentas para que as mudanças ocorram. O que falta são os tomadores de decisão, o mercado econômico e as pessoas assumirem a responsabilidade. Se não, não vamos continuar no Planeta”.

Por isso, no dia de hoje, não podemos apenas celebrar a existência desses majestosos felinos, mas também repensar a interseção entre conservação, economia e engajamento coletivo, vital para garantir um futuro sustentável para essas espécies e para o mundo.

Ameadas pela relação com o homem, as onças-pintadas estão contando com projetos de conservação que garantam a coexistência. O próprio Felinos Pantaneiro orienta pecuaristas pantaneiros a manterem práticas sustentáveis para o manejo do gado, com redução no índice de predação.

Onça-pintada em árvore na região da Serra do Amolar, no Pantanal (Foto: Diego Viena)

Além disso, a presença delas são fundamentais para atrais turistas do mundo inteiro para o Pantanal. O biólogo que acompanha de perto o trabalho de safari no Estado, Luiz Mendes, ressalta que tem aumentando a conscientização sobre a importância da preservação da espécie.

“Vivemos um momento de sucesso de muitos projetos de conservação dos felinos, após décadas de evolução. Muitos fazendeiros estão interessados aderir aos programas que trabalham interação com atividade econômica, que é pecuária”, destacou.

Em suas milhares de viagens ao bioma, ele tem percebido o aumento da população dos felinos. “Elas estão conseguindo se manter topo de cadeia. O aumento da população de onças reflete esse equilíbrio, vital para a conservação do ecossistema”.

 

Fonte:CGN

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