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“Brasilidade” e artistas internacionais marcam 1º fim de semana de Festival Sul-Americano de Cinema

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A presença de artistas globais como Dira Paes, Thiago Lacerda, e representantes de 13 países marcaram o primeiro fim de semana do 1º Festival Sul-Americano de Cinema de Bonito, o CineSur.

Foram inscritos 657 filmes de 13 países da América do Sul, no festival. Do total, 40 obras foram selecionadas e serão exibidas ao longo da próxima semana. A atriz Dira Paes foi a anfitriã da abertura e destacou o potencial de Bonito como sede do Festival.

“O brasileiro não conhece o Brasil. Então esses convites culturais são fundamentais pra que que gente comente a nossa brasilidade em todas as regiões brasileiras. O brasil não é feito de um polo Rio-São Paulo, o Brasil é feito pelos brasileiros. Você vê o impacto da novela Pantanal, o cenário brasileiro, o que essa novela trouxe pros brasileiros. Principalmente, foi a identidade de um povo, de uma realidade que o brasileiro se apaixonou e eu acho que isso pode acontecer agora com o Bonito Cinesur”, ressaltou.

O Bonito CineSur oferecerá premiação em dinheiro e o Troféu Pantanal, para os melhores filmes escolhidos por um júri oficial e pelo voto do público, no júri popular, nas categorias “melhor longa sul-americano”, “melhor curta sul-americano” e “melhor filme sul-mato-grossense”.

Marcando esta brasilidade, a primeira exibição do Cinesur foi o filme mudo “Alma do Brasil”, gravado em Mato Grosso do Sul na década de 30, como forma de retratar a Guerra do Paraguai. O longa teve sonorização ao vivo da Orquestra Prelúdio, sob regência do maestro Eduardo Martinelli.

“Eu tava pensando ali nos anos 30 quando o cinema americano surgia, lá todo mundo em ebulição e o pessoal rodando aqui, filmando aqui. Momentos históricos. A lindeza da orquestra, ao vivo, botando a trilha do filme. Momento lindo emocionante, histórico, histórico mesmo”, destacou Thiago Lacerda.

Outra história de Mato Grosso do Sul que virou filme, e exibido no festival, foi a das trigêmeas de Guia Lopes da Laguna (MS), Maria Salvadora, Maria Leonor e Maria Etelvina. “Todo mundo queria saber, ficaram encantados porque aqui não haviam trigêmeas, e nós viemos. Então foi um encanto pra todo mundo”, contou Maria Salvadora. “As Marias, retrato de um Brasil profundo”, foi produzido pelo cineasta Dannon Lacerda, sobrinho das trigêmeas, que se tornaram celebridade na cidade quando nasceram, em 1947. “Ter um festival como esse em Bonito, juntar duas coisas, o atrativo turístico e o debate do audiovisual, no Brasil e na América do Sul. È fundamental porque é a partir do debate que a gente pode crescer. O festival do Rio, por exemplo, que tem 28 anos, ele conseguiu formar vários cineastas como eu, que já tive 4 filmes no festival”, apontou Dannon.

Festival
Gratuito para toda a população, o evento segue até o fim de semana que vem e conta 40 produções sul-americanas de cinema.
Entre as produções brasileiras previstas para serem exibidas, estão Planuras; Adão e Eva no Pantanal Sul; Cordilheira de amora II; As Marias; La plata ivygu – enterros e guardados; Cativo; De tanto olhas o céu gastei meus olhos; A outra margem; A dama do rasqueado.

Todas as exibições dos filmes serão realizadas no auditório Kadiwéu, que fica no Centro de Convenções de Bonito. O local está sendo equipado para receber mais de 200 pessoas em uma sala de cinema profissional.

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