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Dira Paes apresentará a primeira noite do Bonito CineSur e realiza sonho de conhecer Bonito

Cena do filme 'Pureza', com Dira Paes. — Foto: Divulgação / Downtown Filmes

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“Eu sempre sonhei conhecer Bonito”, confessa a atriz veterana no cinema e em terras sul-mato-grossenses, Dira Paes. Ao viver Filó no remake de sucesso da Rede Globo, Pantanal, ela esteve no estado por vários dias, porém, restrita a intensidade da planície alagável.

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“Durante as gravações de Pantanal, onde tive o encontro com este bioma maravilhoso, único e esplêndido, Bonito foi tentado, mas não conseguimos. Agora, eu vou unir duas coisas que amo tremendamente: a natureza, em seu esplendor, como é Bonito; e o Cinema, o cinema da sua melhor forma”, declara a atriz.

Na cidade turística, distante a 283 km de Campo Grande, ela será a apresentadora do Bonito CineSur – Festival de Cinema Sul-Americano de Bonito, que começa neste sábado (4), com mais de 600 filmes submetidos à crítica.

“Nosso país é gigante, diverso. Por onde eu passo, por um festival de cinema brasileiro, a gente tem a oportunidade de ter o contato profundo com a regionalidade do lugar. Isso é o que eu quero! Quero conhecer Bonito na sua essência, eu sei que isso será possível. Estou super preparada para me entregar para estas águas e natureza linda”.

Na avaliação de Dira Paes, o Festival de Cinema de Bonito já começa grande. Para a atriz, a regionalidade e a presença de produções de todos os países da América Latina fazem da mostra grandiosa.

“A gente sabe que as regionalidades são diferentes. Acho que o Festival de Cinema de Bonito vai proporcionar uma coisa incrível, que é a fomentação do audiovisual local e expandi-lo para a América Latina. A gente vai ter contato, o festival amplia para uma estação cultural”, frisa.

Para ela, não existe uma vivência em festival restrita a programação.

“Você não vai ao local só para ver filme, você vai para experimentar comida, vai para fazer passeios, vai para experienciar a música do local. Os festivais ultrapassam as telas. As trocas acabam sendo muito substanciosas. Eu já ganhei vários personagens em trocas nos festivais. É um lugar de fomentação e apropriação da cultura brasileira. Trazer este olhar para Bonito através do cinema, em um lugar paradisíaco, era o que estava precisando para Bonito. Essa primeira edição será histórica, tenho certeza”.

Ao mesmo tempo que o festival desponta em grandiosidade, o evento também garante uma oportunidade ao cenário audiovisual do Centro-Oeste, e em específico o de Mato Grosso do Sul. Dira Paes comenta sobre a importância do cinema se ampliar para além das produções “sudestinas”.

“Será um momento histórico, onde vamos ter a oportunidade de fazer um vínculo com este Centro-Oeste. O Brasil não pode viver essa polaridade ‘sudestina’. Nós precisamos ampliar, o cinema é um viés mais rápido, o mais possível de ser levado ao mundo. Através de uma imagem você conta a história de todo um povo, de uma cultura e de uma referência. Nesse sentido, o festival de Bonito tem tudo para ficar dentro do roteiro dos grandes festivais brasileiros”, compartilha a atriz que vai fazer 40 anos de carreira em 2024.

Latinos

Produções de todos países da América Latina foram inscritas na programação, que contém diversidade de temas e filmes de estética rebuscada. Mais de 600 filmes foram submetidos ao evento batizado de “CineSur”.

Bonito é uma cidade que pulsa as expressões artísticas. Mais uma vez, o município se coloca na rota do debate cultural, desta vez com o cinema como protagonista.

As mostras competitivas vão avaliar filmes inéditos realizados em 2022 e 2023. Os vencedores vão ganhar prêmio em dinheiro e troféu. Bonito será uma ponte para as produções audiovisuais da América Latina.

Nesta mistura entre países e símbolos específicos, Dira Paes comemora a integração a que o Festival de Cinema de Bonito se lança.

“Eu sou apaixonada pela nossa latinidade. Tenho um perfil latino muito coerente com esse traço brasileiro e andino. Quando eu fiz Anahy de las Misiones, no Rio Grande do Sul, eu vi várias mulheres parecidas comigo. Quando eu fiz meus filmes em Pernambuco ou na Bahia, eu também vi várias pessoas parecidas comigo. Agora, no Pantanal, eu também vi várias mulheres iguais a mim. Acho que precisamos de referências. Eu sou uma mulher brasileira, latina e do mundo. Quero fazer filmes pelo mundo todo. Temos que reverenciar nossos traços, potências e capacidade de comunicação. O Brasil é querido lá fora. Eu quero em breve voltar a ser filmado no Centro-Oeste, em breve isso pode acontecer”.

O evento

O festival começa neste sábado (4). No primeiro dia, a Orquestra Jovem do Sesc-MS vai receber os amantes da sétima arte, junto com a exibição de “Alma do Brasil”, de Líbero Luxardo, primeiro filme do estado, quando Mato Grosso do Sul ainda era Mato Grosso.

Todas as exibições dos filmes serão realizadas no auditório Kadiwéu, que fica no Centro de Convenções de Bonito. O local está sendo equipado para receber mais de 200 pessoas em uma sala de cinema profissional.

Acesse a programação aqui

Fonte: PrimeiraPágina

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