Com previsão de conclusão até março do próximo ano, a obra de pavimentação da Estrada do 21 (MS-345) vai ampliar as opções de passeios em Bonito com a inserção do distrito de Águas do Miranda no roteiro ecoturístico do destino.
A região é conhecida pela piscosidade do Rio Miranda, que corta a vila, e a chegada do asfalto revela a beleza cênica da estrada, com seus vales e morraria, e a vocação para a prática de esportes radicais, contemplação e observação de aves.
A estrada ecológica é estratégica quanto a logística entre Campo Grande e Bonito, reduzindo a distância da viagem, hoje feita pela BR-060 (saída para Sidrolândia), em mais de 40 km. Com acesso pela BR-262 até Anastácio (130 km), a partir da Capital, segue-se pela BR-419 por 20 km e entra na MS-345. São 30 km até o distrito e mais 70 km para Bonito, totalizando 250 km. O novo percurso vai colocar Águas do Miranda na Rota Pantanal Bonito, mudando seu perfil turístico.
Segundo a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), mais de 80% do projeto de pavimentação está finalizado, com implantação da sinalização viária em grande parte do trecho e passagens de animais, bem como a conclusão de 14 pontes de concreto – estrutura necessária para drenar uma região de grande volume de águas pluviais recortando sua morraria. Em execução pelo Governo do Estado, ao custo de R$ 324 milhões, a obra segue em quatro frentes.
Um novo momento
“Vamos preparar o distrito para se tornar um grande polo de pesca esportiva, reorganizando o setor, atraindo novos empreendimentos e melhorando os serviços, antevendo um boom com o asfalto, hoje uma realidade, e o fácil acesso”, afirma Josmail Rodrigues, prefeito de Bonito. Segundo ele, o município vai trabalhar na promoção da pesca em família e incentivar a prática feminina, além de desenvolver a exploração sustentável dos recursos naturais da região.
Hoje, o distrito conta com boa estrutura de pesqueiros, pousadas, ranchos e hotéis e um comércio forte em expansão. Os empresários estão animados com o asfalto e pretendem ampliar seus negócios, diversificando os produtos turísticos, exemplo do Hotel-Fazenda Genipapo. “Aqui o céu não vai ter limite para o turismo”, aposta o empresário Pedro Henrique Garcês, proprietário do empreendimento, um dos mais estruturados da região.
“A expectativa é a melhor possível, sem dúvida”, prossegue. “Estamos investindo, construímos quadras de vôlei e beach tennis e vamos trabalhar com ciclismo e canoagem. Decidimos não fechar na piracema (período de proibição da pesca, entre novembro e fevereiro) e já temos reservas para atividades em ecoturismo, o que já sinaliza esse novo momento”, finaliza Garcês.
Festival de pesca
Para a secretária de Turismo, Comércio e Indústria de Bonito, Juliane Salvadori, o turista que hoje busca lazer e aventura no destino terá mais uma opção de passeio, ampliando sua permanência em pelo menos mais dois dias. “O distrito vai ser a porta de entrada, está próximo de Bonito e nosso turismo vai ganhar muito. Vamos melhorar os serviços com qualificação e promover e formatar novos produtos, mantendo o padrão Bonito”, adianta ela.
Uma das ações da prefeitura de Bonito será a realização, em março do próximo ano, da segunda edição do Festival de Pesca Esportiva, com o apoio da Fundação de Turismo do Estado (Fundtur), evento que integra o calendário oficial do destino. Para os empresários locais, o festival é o divisor de águas para o turismo do distrito, que não fazia parte da prateleira de atrativos que o município promove em grandes feiras nacionais e internacionais.
Na reestruturação do distrito, a prefeitura melhorou o acesso das estradas vicinais, a coleta do lixo é feita três vezes por semana e ampliou o atendimento na saúde, que hoje conta com duas ambulâncias. Está sendo projetando para 2024 a implantação de um porto municipal e reurbanização da orla do Rio Miranda. “Para quem era isolado, estamos vivendo outra vida e o turismo vai bombar”, diz Daniela Sanches, representante da prefeitura na comunidade.
(Assessoria de Imprensa da Rota Pantanal Bonito)