Dois idosos morreram por Covid-19 nos últimos sete dias e 34 novos casos foram confirmados, em Mato Grosso do Sul. As mortes aconteceram nos dias 25 e 28 de agosto de 2023. O boletim com os dados atualizados da doença foi divulgado nesta terça-feira (5), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES/MS).
As duas vítimas eram de Campo Grande e possuíam comorbidades. A idosa de 89 anos sofria de uma doença cardiovascular crônica e doença respiratória crônica. Já o idoso de 85 anos tinha uma doença neurológica crônica. Ao todo, a Capital registra 4.716 óbitos por COVID.
Dos 34 novos casos, 16 foram confirmados no município de Costa Rica, 13 em Santa Rita do Pardo e nove em Dourados.
O boletim mostra ainda que os índices de vacinação estão abaixo do esperado. Na faixa etária de 5 a 11 anos, o público-alvo seria de 301.008 crianças. No entanto, apenas 182.768 (60,7%) tomaram a 1ª dose e 115.204 (38,3%) a 2ª dose.
Com doses em atraso, estão mais de 180 mil crianças e adolescentes. Do público alvo de 12 a 34 anos (1.002.904 pessoas), 881.111 (87,9%) tomaram a 1ª dose, 757.757 (75,6%) a 2ª dose e 542.326 (54,1%) a dose reforço.
De 35 anos ou mais, do público-alvo de 1.316.026 pessoas, 1.216.760 (92,5%) se imunizaram com a 1ª dose, se aproximando da média nacional de 95% de imunização. Outros 1.131.719 (86%) tomaram a 2ª dose, 1.046.598 (79,5%) a dose reforço e 353.974 (26,9%) com a 2ª dose de reforço. Em atraso estão 692.624 (52,6%) sul-mato-grossenses.
Desde o início da pandemia, Mato Grosso do Sul registrou 11.092 óbitos devido à doença. Neste ano de 2023, foram registrados 154 óbitos, com taxa de letalidade de 0,7%..
Conforme noticiado pelo Correio do Estado, o infectologista e pesquisador da FioCruz, Julio Croda, explicou que a situação é preocupante. O baixo índice de vacinação da bivalente e as quedas nas testagem para COVID-19, dificultam o controle epidemiológico e aumentam a circulação de novos vírus no Mato Grosso do Sul e em todo o país.
“No Brasil é importante entender que é muito difícil identificar um claro aumento de casos. As pessoas não se testam mais os sistemas de vigilância e não capturam adequadamente esses testes positivos. Mas observamos principalmente nos dados do Instituto Todos Pela Saúde, dos laboratórios privados, que existe um aumento da positividade dos exames laboratoriais. Ou seja, existe mais circulação viral no Brasil e isso provavelmente está relacionado a novas subvariantes”, apontou o infectologista.
Sobre a nova variante, o infectologista garante que a atual vacina bivalente, disponível no SUS, também é capaz de reduzir a evolução de casos mais graves em pessoas positivadas com a nova cepa.
“A vacina que nós temos disponível neste momento é a vacina bivalente. Ela contém a cepa original e a cepa da ÔMNICRON. A EG.5 é uma subvariante, sendo assim, a vacina bivalente continua protegendo principalmente para a redução de hospitalização e óbito”, afirmou Croda.
Fonte:CE