Entre esta quarta-feira (30) e quinta-feira (31), a última superlua deste ano iluminará o céu noturno. Por ser a segunda Lua cheia do mês – a primeira aconteceu em 1º de agosto – o fenômeno também é chamado de “Lua Azul”. Esse espetáculo é considerado raro e só volta a acontecer daqui a 11 anos, em novembro de 2032. No MS, a ‘Superlua azul’ já estará visível no final da tarde, por volta de 17h45 desta quarta, mas o ‘evento’ começa oficialmente por volta de 21h35. Entretanto, no fim da tarde, o satélite pode ser visto em um tamanho muito maior, mas seu ápice será às 00h35, já na madrugada de quinta-feira (31).
Apesar do nome, o termo “superlua” não é uma definição astronômica oficial. Ele é usado nos momentos em que a lua cheia acontece próxima ao perigeu, quando está mais próxima da Terra e, portanto, parece maior e mais brilhante.
O perigeu é quando a distância entre esse satélite e a Terra é menor do que 360.000 km. Quando isso ocorre, a Lua fica 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu (microlua) – quando está mais distante.
Nesta quarta, a Lua estará a 357.181 quilômetros da Terra. Em média, essa distância é de cerca de 384.400 quilômetros.
“É um evento que pode ser visto por muitas horas (durante toda a noite), de qualquer lugar do mundo e por qualquer pessoa, porque é visível a olho nu, ou seja, sem o uso de qualquer instrumento”, explica Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional – unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
De acordo com a especialista, o fenômeno só não poderá ser visto se o tempo estiver nublado.
Quando e onde ver a SuperLua?
Ainda segundo a astrônoma, por conta do fuso horário, a “SuperLua” já estará visível já no final da tarde desta quarta-feira. “O fenômeno oficial da Superlua Azul vai começar a partir das 21h35, mas apesar da lua estar grande devido a lua cheia, ficará com aparência maior bem antes, a partir de 17h45. Neste horário, devido a Lua estar baixa e pelo efeito da atmosfera, a Lua pode ser vista em uma tamanho muito maior que o normal”, diz.
Já para ver a “SuperLua”, o professor reforça que locais altos são mais indicados. “Em pontos com o horizonte limpo, sem prédios e grandes árvores. Em lugares mais altos que tenha a visão limpa, como algumas praças”, conclui.
Por que “superlua”?
Apesar da popularidade do nome “superlua”, o termo não é científico. Na verdade, a nomenclatura foi criada pelo astrólogo Richard Nolle, em 1979, quando ele escreveu na revista científica Dell Horoscope especificando que receberia o selo “super” a Lua cheia que ocorrer no perigeu ou até 90% próxima deste ponto.
Como a definição não é científica, pode haver divergência sobre a distância entre Lua e Terra que caracteriza o fenômeno. Segundo Josina, as superluas podem ser cheia ou nova, e ocorrem de uma a seis vezes no ano. No entanto, a proximidade da Terra é variável, em função da órbita da Lua não ser circular, mas elíptica.
Fonte:EFMS