Fonte de inspiração para inúmeros poetas e testemunha de infinitas juras de amor ao longo dos séculos, a Lua ilumina o céu noturno terrestre com seu esplendor e encanto todos os meses sem nunca cansar.
Para além da simples contemplação, contudo, a observação científica da Lua remonta milênios que se perdem na história do tempo.
Diversas civilizações antigas, como os babilônios, chineses, egípcios e maias, rastreavam os padrões lunares com finalidades de demarcação do tempo, de identificação de padrões de plantio e cultivo e até mesmo de previsão de eventos astronômicos relevantes, como eclipses. Hoje, a Lua continua sendo palco de contemplação e observação sistemática para apaixonados e cientistas.
Nosso único satélite natural é o quinto maior do Sistema Solar e está envolto numa dança celeste com a Terra que dura bilhões de anos, desde os primórdios de sua formação. Em comparação relativa com outros planetas e seus satélites, o par Terra-Lua é o mais próximo em tamanho e características físicas, com a Lua tendo 27% do diâmetro e cerca de 60% da densidade terrestre.
Os passos desta dança são definidos pela trajetória que a Lua realiza ao redor da Terra: uma órbita elíptica. Diferentemente de uma trajetória circular, em uma órbita elíptica os corpos envolvidos ora estão mais próximos, ora mais distantes e isto é válido para todos os corpos do Sistema Solar, desde os pequenos asteroides até os planetas orbitando o Sol.
À medida que a Lua percorre seu caminho ao longo dessa órbita, sua posição relativa a nós, observadores presos à superfície terrestre, e ao Sol, muda constantemente, o que faz com a parte de sua superfície que é iluminada pelos raios solares seja também constantemente alterada. É este o processo que produz as diferentes fases da Lua: crescente, cheia, minguante e nova.
O que é a Superlua
O fenômeno chamado de Superlua ocorre sempre que a Lua está em seu ponto mais próximo da Terra, conhecido como perigeu, e simultaneamente ocorre uma Lua cheia. No perigeu, a Lua pode chegar à distância mínima de 356.375 quilômetros da Terra, distância cerca de 50.000 quilômetros mais curta do que quando está no seu ponto mais distante (apogeu), cuja distância é de aproximadamente 406.720 quilômetros.
À medida que a Terra orbita o Sol, a elipse descrita pela Lua quase não varia, o que significa que temos uma Lua cheia que ocorre próxima do perigeu a cada 14 meses, aproximadamente. Além disso, as Luas cheias que ocorrem antes e depois da Superlua mais próxima da Terra geralmente ainda estão próximas o suficiente para também serem chamadas de Superluas. Por essa razão é comum ocorrer “três Superluas” em um ano.
Durante uma Superlua, a Lua pode parecer até 14% maior e 30% mais brilhante do que quando está no apogeu. Essa diferença aparente é surpreendente e cria uma oportunidade incrível para observar a Lua com uma perspectiva inteiramente nova. Embora não sejam necessários equipamentos sofisticados para apreciar sua beleza, detalhes da superfície lunar, como suas crateras, montanhas e vales, podem ser vistos com pares simples de binóculos ou com um telescópio amador.
O fenômeno conhecido como Superlua azul é o nome designado a segunda Superlua que ocorre em um mês, fato que teremos agora em Agosto. A primeira Superlua do mês ocorreu no dia 01 e a segunda ocorrerá na noite do último dia, 31. Nesta noite será a maior e mais brilhante Lua do ano. É importante notar, contudo, que a superfície da Lua não mudará de cor em momento algum: ela continuará com seu brilho típico amarelo-esbranquiçado.
A Superlua não é apenas um espetáculo visual, mas também tem implicações gravitacionais sutis na Terra. Como as marés oceânicas são influenciadas pela atração gravitacional da Lua, durante uma Superlua as marés podem ser um pouco mais elevadas do que o normal. Essas pequenas variações nas marés podem ter impactos ambientais e econômicos em regiões costeiras.
Marque no seu calendário e não esqueça: a próxima Superlua Azul será no dia 31 de Agosto e poderá ser vista logo após o anoitecer. Prepare-se para ser encantado por esse espetáculo fantástico!
Fonte:Tecm