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Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, fala ao Grupo Feitosa de Comunicação da importância de festivais

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Em entrevista ao Grupo Feitosa de Comunicação nesta quinta-feira (17), o secretário da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, Marcelo Miranda, compartilhou detalhes para impulsionar ações transversais entre essas áreas e promover uma abordagem integrada.

Foram discutidos temas como a consolidação de festivais culturais, com destaque para o Festival de Bonito, que atrai um público diversificado e se tornou um evento emblemático no Estado.

Reportagem: A Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania (Setescc) é uma pasta nova na gestão Riedel. Poderia compartilhar como foi esse início primeiro semestre a frente dessa novidade?

Marcelo Miranda: Passamos por um semestre desafiador ao reorganizar a estrutura da pasta e buscar uma abordagem interdisciplinar para nossas iniciativas. O governador Eduardo Riedel nos apresentou o desafio de promover uma colaboração efetiva entre essas áreas. Nossa responsabilidade abrange três fundações essenciais – Cultura, Turismo e Esporte – além de oito subsecretarias. Enfrentamos uma fase complexa de reestruturação e organização, com a empolgante missão de solidificar as ações que já estavam em andamento. Destaco as notáveis conquistas no setor de turismo, no qual o Mato Grosso do Sul é reconhecido nacionalmente, assim como nossos feitos de destaque no âmbito esportivo.

Hoje, nossas políticas tanto no esporte quanto na cultura estão estabelecidas com solidez. Os eventos de grande porte e os programas de apoio continuam a prosperar. Nossa meta é fortalecer ainda mais essas iniciativas já bem-sucedidas, otimizando-as e introduzindo elementos diferenciados. Esse é exatamente o foco da nossa preparação para o próximo Festival de Bonito.

Reportagem: Já que falou do Festival de Bonito, vamos falar um pouco mais sobre isso… Pessoas de diversas regiões do País e até do mundo vêm para prestigiar esse festival. Poderia nos atualizar sobre os planos em andamento para a próxima edição?

Marcelo Miranda: A expectativa está extremamente alta. Todos os preparativos estão em andamento; a equipe de montagem já está em Bonito. O processo de seleção para as atrações regionais está em curso, o que é um desafio significativo. Estamos animados com isso. Realizamos uma audiência pública em março, onde ouvimos os residentes de Bonito, membros do setor turístico, vereadores, o Secretário de Cultura, o Secretário de Educação e toda a comunidade, incluindo os artistas locais. Como resultado desses esforços de envolvimento, estamos trazendo muitas novidades.

Primeiramente, estendemos a duração do festival para quatro dias, atendendo ao pedido da comunidade. Agora, o festival começará na quarta-feira e se estenderá até o domingo. Teremos uma programação de artistas nacionais bastante diversificada, abrangendo gêneros que vão desde o pop até o sertanejo. E há grandes surpresas aguardando. Estamos incorporando várias interações tecnológicas este ano, incluindo uma roda-gigante e balonismo. Além disso, criamos o “Festival Bonitinho”, uma área dedicada às crianças, com apresentações do Mundo Bita e Palavra Cantada, que são adoradas pelos pequenos. Isso é para enfatizar a importância da participação da família.

Estou confiante de que este será um festival grandioso. Tudo está progredindo conforme o planejado, e agora contamos com a participação ativa da população, que, tenho certeza, ficará encantada com esse novo modelo do festival. Estamos valorizando as conquistas construídas ao longo dos anos e, ao mesmo tempo, introduzindo inovações tecnológicas e uma cenografia diferenciada para garantir que os visitantes em Bonito fiquem verdadeiramente maravilhados. Nosso objetivo é consolidar o Festival de Bonito como um dos principais eventos festivos do Brasil.

Reportagem: Na sua percepção, quais seriam os principais obstáculos que impedem a realização de festivais grandiosos, como o Festival de Inverno, em outros municípios turísticos aqui no Mato Grosso do Sul?

Marcelo Miranda: Atualmente, estamos em diálogo com diversos municípios. Até o momento, contamos com três grandes festivais: o Festival de Bonito, o Festival América do Sul em Corumbá, e o Campão Cultural aqui na Capital. No entanto, reconhecemos a necessidade de trazer um festival para a região de Dourados, por exemplo. Além disso, a região norte também carece de um festival. Vale ressaltar que não estamos buscando apenas eventos de grande porte, pois compreendemos que até os pequenos eventos têm potencial para atrair turistas. Nossa principal preocupação é promover um impacto positivo no fluxo turístico.

Nesse sentido, estamos concentrados na expansão de nossas atividades. A Fundação de Turismo tem desempenhado um papel notável, liderada pelo Bruno, no fortalecimento dos principais destinos turísticos e na criação de novos roteiros. Destaco localidades como Altinópolis e Costa Rica, que possuem um imenso potencial. Entretanto, enfrentamos desafios. A realização de grandes festivais esbarra na disponibilidade da rede hoteleira. Bonito, por exemplo, se destaca por oferecer cerca de 7 mil leitos, e quando multiplicamos essa capacidade por dois ou três, resulta em 21 mil acomodações. Isso sem contar com casas e pousadas. A infraestrutura hoteleira é fundamental para o sucesso dos eventos, mas o setor privado só investirá quando houver um movimento turístico consistente. Precisamos fazer com que essa dinâmica seja ativada.

É crucial que a secretaria responsável pela transversalidade trabalhe para unir os eventos turísticos e culturais, promovendo um aumento no fluxo de turistas.

Entrevista com Marcelo Miranda ao Giro Estadual de Notícias

Reportagem: Inclusive o MS Ao Vivo está sendo um sucesso em Campo Grande…

Marcelo Miranda: É realmente uma das principais metas que estabelecemos para este ano, e estou extremamente contente com os resultados alcançados. A segunda edição do MS ao Vivo foi um sucesso. A primeira edição, com a apresentação do Natiruts, já nos impressionou ao atrair 12 mil pessoas. Agora, com Ana Vitória, estimamos cerca de 18.000 pessoas, conforme os dados da Polícia Militar. Foi uma experiência incrível. A organização do evento foi exemplar, e foi incrível ver famílias inteiras participando. A festa foi realmente magnífica.

O MS ao Vivo é, de certa forma, uma renovação do conceito do MS Canta Brasil, que já teve grande sucesso. Agora, com um formato diferenciado, incluindo atrações circenses, ilusionismo durante os shows e uma oferta gastronômica rica. Esse é o cerne da nossa abordagem: utilizar a cultura e eventos para gerar renda para a população, dando aos nossos artistas a oportunidade de se apresentarem e prosperarem economicamente. A interação com a gastronomia e as performances artísticas durante os intervalos dos shows foi uma adição muito positiva, fortalecendo ainda mais nosso potencial artístico local.

Uma característica importante é a abertura do show para um talento emergente. No caso, tivemos a coronel que abriu o show do Natiruts, o que foi impressionante. E agora, com o show do Vosmecê, tivemos a oportunidade de dar visibilidade a grupos que realizam um trabalho incrível.

Reportagem: Considerando sua ampla experiência, uma vez que ocupou a posição de titular na Fundação de Esporte do Mato Grosso do Sul (Fundesporte) por um longo período – posição que atualmente é liderada por Herculano Borges – gostaria de saber como a Setescc está apoiando e direcionando o setor esportivo. Como essa abordagem se baseia na sua experiência prévia?

Marcelo Miranda: Estamos trabalhando de forma colaborativa e altamente alinhada no setor esportivo, com uma conexão estreita com a Setescc. Herculano, assim como eu, possui formação em educação física e traz uma vasta experiência como atleta, técnico e também na esfera legislativa. Ele traz consigo essa bagagem valiosa para fortalecer ainda mais o cenário esportivo. O trabalho que ele tem realizado é notável, pois não apenas solidifica as políticas que estabelecemos, mas também busca conquistas inovadoras.

Recentemente, lançamos o edital da Bolsa Atleta, o qual teve suas inscrições avaliadas de maneira extremamente democrática e transparente. O processo é totalmente digital, permitindo que atletas, técnicos e até mesmo pais façam as inscrições através de seus dispositivos móveis. Essa abordagem não apenas agilizou o processo, mas também democratizou o acesso à bolsa.

À medida que finalizamos a etapa dos Jogos Escolares e estamos preparando nossas seleções para os campeonatos nacionais, incluindo os Jogos Indígenas, estamos trabalhando com um orçamento de R$ 7 milhões alocados para o edital do esporte. Esses recursos serão direcionados para pequenos clubes, associações e outras entidades que desejam montar equipes representativas em nível nacional. A expectativa em torno desse edital é bastante alta, e ele deve ser lançado entre agosto e setembro. Isso nos permitirá impulsionar essas ações já a partir de janeiro do próximo ano, criando um impacto significativo em nosso setor esportivo.

Reportagem: O programa Bolsa Atleta desempenha um papel fundamental nesse contexto. É notável como o Bolsa Atleta tem um impacto positivo no cenário esportivo. Muitos atletas talentosos de Mato Grosso do Sul que participaram das Olimpíadas e se destacaram são exemplos vivos disso…

Marcelo Miranda: Tenho total convicção de que os próximos Jogos Olímpicos irão destacar para todo o Brasil a política pública que tem sido desenvolvida no esporte aqui no Mato Grosso do Sul nos últimos oito anos, uma política que está sendo consolidada com sucesso. Já tivemos atletas como Fernando Rufino, entre outros, que são beneficiados pelo programa Bolsa Atleta, que é algo que me encanta profundamente.

Esse programa é especialmente notável porque, diferentemente de muitos outros estados, nós incluímos também os técnicos como beneficiários. Reconhecemos o papel vital que os técnicos desempenham em todo o processo esportivo. Eles são os que identificam jovens talentos, frequentemente investindo dinheiro do próprio bolso para apoiar esses atletas em seus projetos. A partir de 2017, o Mato Grosso do Sul implementou o Bolsa Técnico, incentivando e reconhecendo esses profissionais tão cruciais.

Estou seguro de que na próxima edição dos Jogos Olímpicos, teremos vários atletas bolsistas representando nosso estado. Já temos campeões sul-americanos e brasileiros que estão se destacando e que chegarão à Olimpíada através desse programa. A beleza desse projeto é a sua abrangência. Ele beneficia tanto atletas de alto nível, oferecendo condições para treinar e competir sem precisar deixar o estado, quanto jovens talentos que estão apenas começando a explorar seu potencial.

Recebemos relatos emocionantes de atletas cujas famílias passaram a contar com o Bolsa Atleta como uma das principais fontes de renda. Muitas vezes, essas famílias enfrentam dificuldades financeiras, e o programa não apenas permite que esses jovens atletas continuem a treinar, mas também inspira os mais novos na família a seguir o mesmo caminho, vendo no esporte uma oportunidade real de renda. Em última análise, o Bolsa Atleta é um programa transformador que impacta vidas de maneiras profundas e significativas.

Fonte:Acritica

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