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Produção de milho deve ser recorde

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De acordo com o último relatório do WAP USDA, a produção total de milho do Brasil para o ano de comercialização 2022/23 está estimada em um recorde de 135,0 milhões de toneladas (Mt). Esse número representa um aumento de 2,0 Mt (2%) em relação ao mês anterior e uma ampliação significativa de 19,0 Mt (16%) se comparado à safra de 2021/22. Mantendo a consistência, a área total colhida para todas as três safras de milho permanece em 22,5 milhões de hectares (mha), uma elevação de 0,7 mha (3%) em comparação com a safra 2021/22.

Em termos de produtividade, o país alcança uma marca sem precedentes de 6,00 toneladas por hectare, um desempenho 13% superior ao registrado na safra anterior e 16% acima da média dos últimos cinco anos. A título de comparação, este rendimento é 4% maior do que o recorde anterior, estabelecido na safra 2018/19, de 5,77 t/ha.

A colheita da primeira safra está praticamente concluída, totalizando 27,4 Mt. Os estados de Mato Grosso, responsável por 50% da produção do milho safrinha, e Goiás, com 10%, tiveram avanço expressivo em suas colheitas durante julho, apresentando rendimentos excepcionais, inclusive para os plantios mais tardios. Até o momento, Mato Grosso já colheu cerca de 95% e Goiás 68% da safrinha.

Por sua vez, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) destacou um recorde para o estado, ultrapassando 50 Mt, devido à maior área e rendimento já registrados. Em Mato Grosso, a área de milho safrinha continua a crescer, agora representando aproximadamente 61% da área de soja, enquanto a área de algodão permanece estável.

Nos estados do Paraná, que representa 14% da produção de milho safrinha, e Mato Grosso do Sul, com 12%, o plantio foi atrasado devido às condições climáticas, estendendo a temporada de colheita para agosto. As chuvas registradas em julho elevaram a umidade do grão, mas a chegada do clima seco ao final do mês deve acelerar o processo de secagem para a colheita. Ainda assim, as estimativas de rendimento seguem favoráveis e alinhadas às expectativas iniciais, conforme demonstram os relatórios e o índice NDVI para a região sul.

No entanto, os produtores estão preocupados com a logística de transporte e armazenagem, especialmente nos estados onde a falta de armazéns está atrasando a colheita de uma safra já madura. Até o início de agosto, cerca de 64% do milho da segunda safra já haviam sido colhidos, e a expectativa é que a colheita continue ao longo de setembro.

Fonte: Agrolink

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