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MS tem 5 espécies classificadas com perigo de extinção

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Três peixes, uma planária e uma ave da fauna sul-mato-grossense foram classificados como criticamente em perigo de extinção pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) no lançamento da plataforma Salve (Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade), que reúne dados de mais de 5 mil espécies da fauna brasileira. Os dados foram atualizados nesta quarta-feira (2).

As espécies cascudo-viola, ituí maraúna e piracanjuba são peixes de água doce que pertencem ao bioma do cerrado. Já a aracuã é severamente fragmentada e houve grande perda de habitat em toda sua distribuição, gerando declínio populacional em MS e SP na última década. A planária Girardia multidiverticulata vive em cavernas, precisamente no Parque Nacional da Serra da Bodoquena.

Para o biólogo José Milton Longo, as espécies encontram diversas barreiras para a sua reprodução. “No âmbito geral, a transformação do solo no cerrado tem interferido nisso. Os recursos hídricos também afetam os animais. Se você mexe no ambiente de um animal como o cascudo-viola, que se reproduz em baixo nível, acaba pressionando a vulnerabilidade da espécie do animal de água doce”.

Longo classifica que a pesca ilegal também colabora para o alerta crítico. “A Piracanjuba faz piracema e possiu a pressão da pesca, além da ocupação ao entorno dos rios, sem contar com agricultura pesada. Esse peixe faz parte de nossa bacia próxima, e o cascudinho, por exemplo, tem suas necessidades bem rígidas e interfere na biodiversidade”.

Por fim, o biólogo pontua que o aracuã, a única ave da lista, precisa de mata preservada para influenciar em sua reprodução. “Cada vez mais vemos o desmatamento tornar essas áreas verdes em espaço para pecuária. Qualquer coisa que se faça no ambiente pode ser um ponto crítico”, finalizou.

Consulta revela espécies em perigo de extinção no MS. (Foto: Reprodução)

O projeto – O Salve foi desenvolvido por uma equipe coordenada pelo ICMBio, mas também teve o apoio do Projeto Pró-Espécies: Todos contra a Extinção e a participação de especialistas da comunidade científica desde 2016.

Até a data de hoje, 5.513 animais foram classificados pelo projeto. A expectativa é de que a lista seja atualizada novamente no final do ano e mais de 14 mil espécies sejam avaliadas pelo instituto.

 

Fonte:CGN

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