O TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) determinou, nesta quarta-feira, dia 12 de julho, a prisão preventiva dos quatro homens envolvidos na morte do indígena Romário Pires, de 31 anos. Segundo o site Campo Grande News, ele foi assassinado na madrugada do último domingo (9), em Bodoquena, município localizado na região Sudoeste do Estado.
De acordo com a decisão do juiz Alysson Kneip Duque, ficou comprovado por elementos e relatos de testemunhas que mesmo após terem visto a vítima caída ao solo, nenhum dos homens solicitou socorro. “Pelo contrário, continuaram as agressões e, após, deixaram o local e retornaram para a cidade de Bonito”, escreveu nos autos.
Dessa forma, determinou a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva.
Relembre o caso
Conforme o boletim de ocorrência, Romário participava de uma festa no espaço da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), junto com dois primos, que contaram à polícia que um grupo de seis pessoas surpreendeu o trio e deu início às agressões. Romário acabou não resistindo aos ferimentos e morreu ainda no local. O corpo estava caído em frente a uma igreja na Avenida Antônio Pedro de Lima.
Ainda no domingo foram presos dois. Eles foram encontrados também em Bonito e levados para a Delegacia de Bodoquena. Um deles identificou os outros envolvidos, ambos detidos na mesma cidade.
No espaço, acontecia a festa. O pai das aniversariantes contou que os indígenas passavam pelo local e tentaram entrar no recinto. Ele então disse que a festa havia acabado e o trio teria ficado muito irritado, momento em que Romário teria dito que daria um tiro na cara do homem. Alguns participantes da festa então saíram e teve início a briga generalizada.
O homem afirmou que tentou controlar a situação, mas não conseguiu. Ele também não soube dizer quem teria acertado Romário na cabeça, mas afirmou que ninguém estava com arma de fogo ou faca no local. Como a vítima ainda se mexia, eles imaginaram que Romário não se levantou por estar muito bêbado.
Então, fecharam o imóvel e foram embora. No caminho, teriam visto os dois primos de Romário voltando ao local com um pedaço de pau e foram abordados pelas polícias Civil e Militar.
O caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil. Romário teria sido morto a socos e chutes. Os quatro envolvidos confirmaram a versão de briga generalizada e afirmaram que a vítima ainda estava viva quando foram embora.
Fonte:DNews