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Espetáculo Guadakan de MS vai ao RJ para mostrar importância de preservação do Pantanal

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O espetáculo pantaneiro Guadakan sai de Mato Grosso do Sul pela primeira vez para ‘andar’ pelo Brasil a mostrar a importância de preservação do Pantanal. A peça, que estreia nesta quinta-feira (22) no Rio de Janeiro, reúne a Companhia de Dança do Pantanal e a Orquestra de Câmara do Pantanal (OCAMP), projetos do IMC (Instituto Moinho Cultural Sul-Americano), de Corumbá (Veja abaixo detalhes sobre IMC). O espetáculo já foi apresentado em 12 cidades de MS, reunindo mais de 4 mil espectadores,

Agora, a tentativa será de levar o espetáculo e mensagem a outros e grandes centros do Pais, iniciando pelo Rio de Janeiro, com duas apresentações gratuitas no Teatro Odylo Costa da UERJ (Universidade Estadual do RJ). A primeira apresentação, às 15h, será para alunos da rede pública de ensino e, a segunda, às 19h, para o público em geral. Há patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Rouanet, de incentivo à cultura..

A diretora executiva do Instituto Moinho Cultural, Márcia Rolon, disse que a ideia é, usando o Rio de Janeiro como grande vitrine, conseguir vender o espetáculo para outras regiões do Brasil. “Como os produtos estão muito bons e consolidados, pretendemos, a partir disso, vender o espetáculo para outras cidades. Mas precisamos de parcerias”, destacou.

Os ingressos já estão disponíveis no link teatros UERJ. A classificação é dez anos. A sessão para estudantes ocorrerá dentro da série Palco das Escolas, da Uerj, que visa atrair alunos do ensino fundamental e médio ao teatro. Após a apresentação, haverá debate.Espetáculo Guadakan de MS vai ao RJ para mostrar importância de preservação do PantanalEspetáculo Guadakan de MS vai ao RJ para mostrar importância de preservação do Pantanal

Mudanças climáticas

A peça é concebida a partir do mito indígena Guató, etnia estabelecida na fronteira do Brasil com a Bolívia, e conta uma história que ressalta a necessidade da preservação do Pantanal, unindo sustentabilidade, dança contemporânea e música.

Para Márcia, a peça tem tudo a ver com o momento atual do mundo, quando são discutidas as mudanças climáticas, o aquecimento global e os impactos sobre as nações. “O Instituto Moinho Cultural sempre trabalha com questões contemporâneas ligadas ao nosso bioma e ao nosso território”.

“Esse espetáculo, em especial, surge a partir do momento em que vivemos as queimadas no Pantanal. A gente não respirava. A partir disso, procuramos histórias para falar dessa questão espiritual da região. Então, encontramos esse mito Guadakan, que é o espírito do Pantanal e, dentro desse mito, na história, conta-se que, na verdade, um menino matou o grande deus. O que a gente está querendo dizer é que quem está matando o Pantanal somos nós, seres humanos. Nós não entendemos ainda essa relação de sustentabilidade”. Segundo Márcia, a peça retrata o desprezo das pessoas pela região e faz um grande alerta no final. “Estamos falando não só do nosso bioma, mas de uma questão global”.

Espetáculo Guadakan que estreia no Rio de Janeiro. Foto: Guadakan/ Divulgação
Espetáculo Guadakan que estreia no Rio de Janeiro. Foto: Guadakan/ Divulgação

O Instituto Moinho Cultural Sul-Americano atende, em média, a 500 crianças. Esta é a primeira vez que a OCAMP traz um maestro formado pela organização. A Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) é grande parceira na formação dos músicos.

Dois estagiários – um menino de 12 anos e uma menina de 14 – estreiam na orquestra, nas apresentações no Rio de Janeiro, bem como dois bailarinos de 17 e 18 anos, que atuam na Companhia de Dança do Pantanal. “Estão treinando para fazer parte, um dia, da orquestra e da companhia”, afirmou a diretora executiva.

Como o Moinho Cultural trabalha com a fronteira brasileira, há um argentino no balé clássico e dois bolivianos na orquestra, nesse espetáculo.

Instituto

O Instituto Moinho Cultural Sul-Americano atende, em média, a 500 crianças. É uma organização da sociedade civil (OSC) que oferece há 18 anos, para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social de Corumbá (MS), Ladário (MS), Puerto Suarez e Puerto Quijarro (situadas na fronteira do Brasil com a Bolívia), aulas de dança, música, tecnologia e informática.

A formação continuada oferecida pela instituição tem duração de até oito anos. O instituto tem como missão diminuir a vulnerabilidade social na região de fronteira Brasil-Bolívia, por meio do acesso a bens culturais e tecnológicos. Mais de 23 mil crianças e adolescentes já foram atendidos pelo Moinho.

Espetáculo Guadakan que estreia no Rio de Janeiro. Foto: Guadakan/ Divulgação
Espetáculo Guadakan que estreia no Rio de Janeiro. Foto: Guadakan/ Divulgação

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