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Escolas municipais começam a distribuir absorventes a alunas de 11 a 15 anos

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De acordo com o último levantamento da Unicef (Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância) sobre o que chamam de “pobreza menstrual”, publicado em 2021, em Mato Grosso do Sul, mais da metade das alunas no 9º ano estão ao menos parcialmente desassistidas quanto aos itens de higiene pessoal nas escolas. Quanto a estar totalmente desassistida, MS é o 5º pior nesse quesito. Os estados com maiores percentuais são Acre (5,74%), Maranhão (4,80%), Roraima (4,13%), Piauí (4%) e Mato Grosso do Sul (3,61%).

Para mudar essa realidade, pelo menos em Campo Grande, no dia 26 de abril, a prefeitura sancionou a lei que institui o “Programa Dignidade Menstrual” no município, que começa a distribuição gratuita de absorventes higiênicos descartáveis para as estudantes em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de garantir que elas continuem frequentando as aulas.

De acordo com a Semed (Secretaria Municipal de Educação), o foco é contemplar as alunas regularmente matriculadas, na faixa etária de 11 a 55 anos e que vivem na faixa da pobreza ou extrema pobreza.

Menos tabu – Embora seja algo comum e natural para algumas pessoas, grande parte ainda considera a menstruação um tabu, usando codinomes como “aqueles dias” ou “tô de chico”. Isso só aumenta o estigma em torno do assunto e das pessoas que menstruam.

Entretanto, Claudeci destaca a importância da orientação familiar sobre o assunto, pois há pais que não gostam de falar sobre menstruação por conta de tabus religiosos. “A participação da família é importante, porque quando vamos falar sobre sexualidade e menstruação na escola, alguns pais mais religiosos não gostam de comentar o assunto. Mas é preciso que eles falem sobre isso com suas filhas, esse é o papel da família também. É preciso explicar que em algum momento a menstruação irá acontecer e é um processo natural da biologia. Acontece com todo mundo”.

A primeira menstruação pode acontecer em qualquer lugar, na escola, em casa, viajando ou com as amigas. Só que ela precisa entender que aquilo é normal e só precisa pedir um absorvente”, explica a diretora.

 

Fonte:CGN

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