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Línguas de povos originais se tornam “segundo idioma” em cidade cheia de aldeias

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Mais três línguas são acrescentadas como “cooficiais” no município de Miranda. São como outras formas de comunicação paralelas à língua portuguesa. Desde 2017 a linguagem Terena já faz parte desta lista, mas no dia 11 de abril deste ano as línguas Kinikinau, Libras (Língua Brasileira de Sinais) e LTS (Língua Terena de Sinais), começaram a fazer parte também.

Morador da aldeia Lagoinha, Arildo Cebalio, de 49 anos, conta que vê a nova emenda publicada como um incentivo a preservação da cultura indígena. “Alguns anos atrás, crianças quando começavam a aprender a falar, primeiro aprendiam a falar o terena e depois eles a falar português. Hoje está bem diferente, hoje nós vemos as nossas crianças a falar o português e não o terena”, disse.

Cercados pela língua portuguesa, Arildo conta que atualmente tem sido um desafio passar o ensinamento da língua Terena para os mais novos. “Hoje é até difícil de passar para os filhos, mesmo que eles tenha apoio e nós como pais, os mais velhos que ensina, mas a gente já está rodeado de tanta coisa que já vem em português pra gente, né?”.

Com o novo decreto fica estabelecido que não pode haver descriminação de nenhuma das línguas, sendo ela oficial ou cooficial. Sendo garantido o direito às famílias a escolha da opção pedagógica que mais lhe parecer adequada.

“No caso dos estudantes que apresentem necessidades de comunicação, o acesso aos conteúdos deve ser garantido por meio da utilização de linguagens e códigos aplicáveis, como o sistema de Braille e a Língua Portuguesa de Sinais (Libras) e a Língua Terena de Sinais (LTS), sem prejuízo do aprendizado”, diz trecho do parágrafo único.

 

Fonte:CGN

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