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Sem TV Globinho, canais abertos perdem crianças para o streaming

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Você já reparou em como produções infantis e adolescentes estão sempre no topo dos rankings internos dos serviços de streaming? Um novo estudo de audiência encomendado pelo departamento de inteligência da Globo prova que isso não é apenas uma impressão, mas, sim, uma tendência.

De acordo com o documento, realizado pela companhia Kantar Ibope Media, líder no mercado de pesquisa de mídia na América Latina, as obras de teor infantojuvenil são alguns dos pontos mais fortes das plataformas de vídeo sob demanda.

Segundo matéria do site TV Pop, que teve acesso ao estudo de audiência, os streamings já são mais vistos do que o canal Globo em pelo menos cinco cidades brasileiras. E boa parte desse feito inédito está ligado às séries e filmes infantis que esses serviços apresentam, uma vez que as emissoras abertas praticamente eliminaram conteúdos infantis de suas programações nos últimos anos.

O estudo da Kantar Ibope Media mostra que o aglomerado de serviços de streaming, incluindo Netflix, Prime Video e HBO Max, por exemplo, ganhou mais destaque entre os jovens, principalmente aqueles entre 4 e 17 anos — 35% do público dos streamings nas 76 cidades consideradas na análise está concentrado nessa faixa etária.

Por outro lado, a Globo ainda é preferida entre os mais velhos, conquistando majoritariamente pessoas entre 35 e 59 anos (43%). Apenas 7% do publico total da emissora é composto por jovens.

Sucesso de programas infantis na Netflix
Os dados, portanto, explicam muitas coisas. Afinal, quem é que nunca se perguntou por que produções como Chiquititas, Carrossel e Carinha de Anjo estão sempre no Top 10 da Netflix, não é mesmo? Após desistir da saudosa TV Globinho e de produções infantis e adolescentes, de forma geral, a Globo apostou mais em suas novelas e produções adultas, que não prendem ou encantam os mais novos, abrindo uma grande brecha para os serviços de streaming.

Nesse cenário, é muito possível que os serviços sob demanda, que contam com diversos desenhos animados, animes, novelas e filmes infantis, ganhem ainda mais força com o passar do tempo. Ou será que a Globo e as demais emissoras abertas podem repensar suas decisões de não ceder espaço aos mais jovens? Veremos!

Fontes:TV Pop

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