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Crianças representam mais de metade das hospitalizações por gripe do Estado

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Em 2023, o Estado já registrou 1.827 hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Dentre os pacientes, predominam crianças abaixo dos 10 anos, que representam 54,8% das internações – sendo 24,7% delas com idade inferior a 1 ano.

O segundo grupo que apresenta o maior número de hospitalizações é o de idosos acima dos 60 anos, que representam 26,8% das internações.

A SRAG abrange os casos de Síndrome Gripal que evoluem e comprometem a função respiratória dos pacientes, levando à hospitalização. As principais causas de internação são infecções virais, predominantemente pelos vírus da Influenza do tipo A e B, Vírus Sincicial Respiratório, SARS-COV-2, bactérias, fungos e outros agentes.

O alto número de internações preocupa as autoridades de saúde. No início do mês, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), criou um novo Centro de Operações de Emergência (COE), a fim de auxiliar os municípios na definição de diretrizes de vigilância para prevenção, controle, acompanhamento e avaliação de ações desenvolvidas para frear o avanço das SRAG.

Segundo informações da SES, os vírus mais prevalentes identificados nos pacientes foram o vírus sincicial respiratório (VSR), o rinovírus e o SARS-CoV-2.

Além destes, a Influenza também preocupa. Segundo informações do Boletim Epidemiológico da Influenza, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MS), nas primeiras 14 semanas de 2023 foram confirmados 58 casos e 5 mortes por Influenza, sendo um dos óbitos por H1N1, e quatro por Influenza B. Duas crianças morreram, uma delas com idade inferior a 1 ano.

As crianças também representam o maior número de internações por Influenza: 51,7% dos pacientes tem menos de 10 anos.

Conforme noticiado anteriormente pela reportagem, apenas em Campo Grande, 20 crianças aguardavam por leitos de UTI para tratar de doenças respiratórias na última segunda-feira (10), e no último fim de semana foram realizados 5 mil atendimentos de crianças com os sintomas gripais em Unidades de Saúde e hospitais da Capital.

De acordo com dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), foram registradas 602 internações por doenças respiratórias durante as sete últimas semanas em Campo Grande, sendo 70% dos pacientes crianças.

Segundo o Secretário Municipal de Saúde, Sandro Benites, ao menos 32 crianças estão internadas com uso de ventilação mecânica atualmente, sendo 26 delas em UTIs (dez na Santa Casa de Campo Grande, oito no Hospital Universitário, oito no Hospital Regional) e seis em unidades de pronto-socorro (quatro na Santa Casa, uma no Hospital Regional e uma no Hospital Universitário).

O secretário informou ainda não possuir os dados de crianças entubadas em hospitais privados, mas afirmou que todos os leitos estão ocupados.

Além da falta de leitos, outro problema enfrentado em Campo Grande é a falta de profissionais qualificados.

“Mesmo a Sesau cedendo dois pediatras, nós temos dificuldade de fechar uma nova escala”, relatou Benites.

O Secretário pede a familiares que, caso notem sintomas gripais em seus filhos, os deixem em casa, a fim de evitar que as doenças gripais se espalhem em escolas e demais ambientes de convívio. O uso de máscara também colabora para a prevenção da infecção viral, e é recomendado pela Saúde.

Influenza

Os vírus da influenza causam infecções no trato respiratório humano. existem quatro tipos da influenza: A, B, C e D. Para os humanos, os dois tipos que mais impactam a saúde são o A e o B. Os de tipo A são os conhecidos por causar emergências de saúde pública, como no caso da pandemia de 2009 (causada pelo vírus H1N1 da influenza A).

Os vírus da influenza A são divididos em subtipos, com base em duas proteínas presentes nas superfícies do agente infeccioso: a hemaglutinina (H) e neuraminidase (N). Daí deriva sua classificação específica, como H1N1 e H3N2, por exemplo.

Os de tipo B não se dividem em subtipos, como os da A, mas sim em duas linhagens: a Yamagata e Victoria. De modo geral, os sintomas começam a se manifestar entre o primeiro e o quarto dia da infecção e os mais comuns são:

De modo geral, os sintomas começam a se manifestar entre o primeiro e o quarto dia da infecção e os mais comuns são:

– Febre;

– Calafrios;

– Tosse;

– Dor de garganta;

– Nariz escorrendo ou entupido;

– Dor muscular e/ou corporais;

– Dor de cabeça;

– Fadiga (cansaço);

– Vômito e diarreia, mais comum no público infantil.

A maioria das pessoas se recupera em menos de duas semanas, mas alguns indivíduos podem apresentar complicações, como pneumonia.

VSR

De modo geral, a infecção por vírus sincicial respiratório começa com coriza, tosse e febre leve. Conforme os dias passam, a criança pode apresentar outros sintomas, como:

  • dificuldade para respirar;
  • dedos e lábios azulados;
  • secreção nasal;
  • espirros;
  • chiado;
  • dificuldades para mamar, se for um bebê;
  • dor de cabeça;
  • dor de garganta;
  • perda de apetite;
  • prostração;
  • cansaço.

O vírus sincicial respiratório é altamente contagioso, sendo capaz de causar condições sérias no paciente, como a bronquiolite.

 

Fonte:CE

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