Cobertura 4G em rodovias do MS pretende beneficiar agro
A cobertura de 4G, que será implantada até 2024, em 600 quilômetros das rodovias do noroeste de Mato Grosso do Sul, vai beneficiar o agronegócio, especialmente, a atividade de escoamento da produção agrícola. A ideia é trazer conectividade para o agronegócio, de acordo com o diretor de Soluções Corporativas da TIM, Paulo Humberto Gouvêa.
As rodovias MS-112, BR-158 e BR-436 passam por seis municípios do MS: Cassilândia, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Inocência, Selvíria e Três Lagoas. Tratam-se de importantes rotas de distribuição da produção. “A região da Costa Rica, Paranaíba e Três Lagoas são rotas de escoamento de produção agrícola. Por isso essa região foi escolhida para implantação do 4G”, aponta Gouvêa.
A MS-112, que se estende por 200,9 km, corre quase paralela à BR-158 e conecta Três Lagoas a Cassilândia, passando por Inocência e atendendo a uma das regiões de agronegócio mais importantes do Estado. Além de servir como uma rota essencial para o escoamento da produção agropecuária e de celulose, a rodovia desempenha um papel vital na integração comercial e de produção entre Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Goiás e Minas Gerais.
A BR-158, que continua a partir da MS-306, por sua vez, é uma rota crucial para o escoamento da região Centro-Oeste. Assim, a rodovia serve como um importante acesso à hidrovia do Mercosul, através do Rio Tietê-Paraná, além de ser uma rota vital para os caminhões que buscam o porto marítimo de Paranaguá e Santos.
Quanto à BR-436, com seus 18,1 km de extensão, que se inicia e termina dentro do território sul-mato-grossense, ela funciona como uma porta de entrada para o estado de São Paulo, conectando os municípios de Aparecida do Taboado (MS) e Rubinéia (SP). Como parte desta importante rota de escoamento da produção, a BR-436 tem uma função crucial na integração econômica e comercial entre os dois estados.
Esses trechos serão administrados pelo Grupo Way, que ganhou a concessão das rodovias e será responsável pela manutenção viária e melhorias de tráfego e segurança nas vias, conforme acordo firmado com o Governo de Mato Grosso do Sul, o que inclui a parceria com a TIM.
De acordo com Gouvêa, a ideia de oferecer 4G nas rodovias surgiu com a tentativa de modernizar os setores produtivos do Brasil. “Há quatro anos, a gente tomou a decisão de atuar em projetos de transformação digital da indústria brasileira. Transformação digital significa ganho de eficiência e produtividade na indústria”.
Segundo o diretor, o agronegócio foi o primeiro setor escolhido, devido a falta de conectividade presente em algumas etapas da cadeia de produção. “O primeiro segmento que a gente escolheu, foi o agronegócio. A escolha se deu porque tem muita tecnologia no agro, mas o que faltava é a conectividade”, explica.
Além do agronegócio, Gouvêa explica que a implantação da rede 4G nas rodovias do noroeste do Estado também será benéfica para os motoristas que transitam por esta rota. “Quando eu falo conectividade, eu penso na pessoa que está viajando nestas rodovias. São mais de 30 mil veículos diariamente”.
Benefício para a população – De acordo com o diretor da Tim, a concessão desses trechos de rodovias deve atingir diretamente 230 mil habitantes dos municípios por onde passam as rodovias, que são Cassilândia, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Inocência, Selvíria e Três Lagoas.
Segundo ele, a ideia é trazer o acesso a Internet para locais que ainda não tem estabilidade na conexão. “Nosso objetivo é conectar as pessoas, pois quando olhamos para o nosso país, notamos a falta de conectividade em muitas regiões. Por isso, estamos trabalhando em projetos de interligação em áreas rurais. Isso tem beneficiado pessoas que antes não tinham acesso à conectividade, promovendo a inclusão social e digital”, reforça.
Esse benefício também se estende para a área da educação e da saúde dos municípios contemplados. “Além disso, a gente tá falando em duzentos e setenta e seis mil moradores que vivem na região e oito escolas e 46 unidades de saúde”, comenta Gouvêa.
Protagonismo – Ao analisar a experiência de implantação de 4G no Mato Grosso do Sul, Gouvêa apontou que o Governo Estadual se mostrou como protagonista do processo, por assumir a dianteira da parceria. “O Governo Estadual é o protagonista, já que promoveu este edital, que possibilitou a contratação da concessão”.
Outro ponto ressaltado por Gouvêa, é a agilidade do Governo estadual durante o processo de concessão de estradas. “A gente já havia participado dos processos federais. A gente, no final do ano passado, fizemos o primeiro projeto de cobertura de rodovias da EcoRodovia, ligando o eixo Belém-Brasília. Mas o que a gente tem visto é que o processo de concessão e renovação de concessão levam um certo tempo”.
Fonte:CGN