Mato Grosso do Sul registrou 22 novos casos positivos de Febre Chikungunya no período de uma semana, segundo apontou o novo boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (29) pela Secretaria do Estado de Saúde (SES). Com isso, o total de pessoas que já contraíram a doença chegou a 166. Até agora, nenhuma morte foi confirmada por conta da doença e nem mesmo há suspeita em investigação.
De acordo com o boletim, nos casos prováveis da doença houve uma redução bem significativamente. Na semana passada eram 2.367 notificações, que somam tanto os casos já confirmados quanto aqueles que ainda estão aguardando pelo resultado laboratorial, agora este número caiu para 1.645 registros. Ao todo, 1.150 casos já foram descartados.
Ponta Porã continua liderando o quadro de cidades com mais casos registrados até agora, na atualização, são 142 até o dia 25 de março, houve aumento de 16 novos casos em uma semana. O Paraguai está passando por uma epidemia da doença e muitos pacientes de Pedro Juan Caballero (PY) buscam por ajuda médica nos postos de saúde de Ponta Porã.
Também houve aumento de casos nas cidades de Amambai, que de quatro passou para seis pacientes, Maracaju, que tinha dois e agora registra quatro casos, e Paranhos, que de dois pacientes agora possui três.
Os demais casos da doença estão nas cidades de Campo Grande (3), Mundo Novo (1), Itaquiraí (1), Antônio João (1), Chapadão do Sul (1), Nova Andradina (1), Sidrolândia (1), Cassilândia (1) e Corumbá (1).
O novo boletim epidemiológico trouxe correções quanto ao número de casos confirmados por semana. Apesar disso, a queda continua acontecendo. Para efeitos de comparação, na Semana 12, que vai dos dias 19 a 25 de março, foram apenas cinco casos confirmados da doença, enquanto nas últimas três semanas tinham sido reconhecidos 28 (Semana 11), 33 (Semana 10) e 36 (Semana 09), sendo essa de maior número de casos confirmados pela SES no ano.
Ainda de acordo com os dados, 48 cidades de Mato Grosso do Sul já registraram, ao menos, um suspeita de Chikungunya até agora. São quatro cidades com alta incidência para casos prováveis, uma a menos do que o informado há uma semana, sendo essas: Brasilândia, Maracaju, Cassilândia e Coronel Sapucaia. Esse índice corrresponde a 300 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.
Você pode conferir o boletim na íntegra clicando aqui.
Ententa a doença
A Febre Chikungunya é uma doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.
Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos.
Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.
Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida.
Os sintomas iniciam entre dois e 12 dias após a picada do mosquito. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado.
Ainda não existe vacina ou medicamentos contra chikungunya. Portanto, a única forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros.
Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos.
Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia.
Fonte:ENFms
